Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Nino Ferraz


Nino Ferraz cria um mundo fantasmagórico de esculturas em aço por um desejo de liberdade
Artista possuidor de uma cultura que contempla um preciso território das artes contemporâneas - do neo-plasticismo ao construtivismo e ao concretismo na sua mais ampla acepção - Nino Ferraz apropriou-se rapidamente de meios lingüísticos que experimentava. Após as iniciais mutações, começou a delinear uma imagem onde a fórmula de laboratório cede, gradualmente, a uma implantação mais livre e solta na sua incisiva elaboração. Nela usa intervenções cromáticas - geralmente vermelhas - entendidas a dar relevo a toda a intrínseca conexão formal.
Levando a sua aventura escultórica além de toda distância metafísica, constrói com rara capacidade inventiva e com sensível gosto expressivo uma espécie de mundo fantasmagórico onde evocação e memória, sonho e realidade, céu e terra, parecem se fundir num caleidoscópio de sensações. Mesmo ligando-se ao fio de Ariadne numa percepção física e naturalística, Nino Ferraz nos transporta a uma dimensão insólita e nova sobre inúmeros aspectos.
Esse escultor une, ao benefício da idéia, ao elemento inventado, o elemento realístico. A forma é obtida de uma serie de torções que incidem sobre seus sulcos num jogo sutil de plenos e vazios. Seus trabalhos esculturais exprimem o homem de nossos dias: a sua vida desumana, o seu permanecer envolvido entre estruturas opressoras, o seu desejo insubstituível de liberdade, o seu espírito de romper toda e qualquer amarra.
Nino Ferraz nos propõe através do aço esses temas. Seu atual panorama de obras nos relança essa mensagem. Módulos geometrizantes ou torcidos, estruturas, volumes, espaços, luzes, sombras, cor, técnicas de vanguarda, em suas composições afloram sempre o repudio a uma tecnologia desumanizante.
Espaços luminosos abertos a respirar além de qualquer estrutura: diáfanas velaturas delicadas contrastam e sobrepõem a estruturalidade dos primeiros planos. Corajosos lances cromáticos rompem toda a estruturalidade demasiada.
Vale salientar que a atitude de pesquisar - própria dos arquitetos - levou o artista Nino Ferraz a postular um definido "princípio" estilístico com a finalidade de prospecta-lo em uma pluralidade de versões. Assim é a obra "Coral em Aço", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, onde a leveza de sua escultura em relação ao peso do aço se deve ao equilíbrio e ao movimento giratório que a obra possui.
O artista
Pintor e escultor do aço Nino Ferraz, pseudônimo artístico de Antônio Ferraz de Andrade Filho, nasceu em São Paulo em 1930. Cursou a Escola de Belas Artes de São Paulo (1947) e formou-se em arquitetura pela Faculdade Mackenzie (1951).
Desde muito jovem interessou-se pelas artes plásticas, tendo iniciado seus estudos de pintura, aos 14 anos com o professor Antônio Rocco.
Executa suas esculturas partindo de chapas de cobre que dobra a mão e fundindo-as após em Bronze. O artista ligou-se ao movimento "Compressão metálica" do escultor francês César Baldaccini.
Sua primeira exposição com esculturas em aço foi em 1961 no Instituto de Arquitetos do Brasil.
É autor do grande afresco (4,00 x 5,00m) existente na Capela Santina da Igreja da Cruz Torta em Alto de Pinheiros, representando os sete Sacramentos, além das esculturas em tela de arame que constituem a Via Sacra.
Entre as diversas exposições individuais que participou, destacamos: Galeria Ipanema e Galeria Shelly, Rio de Janeiro, RJ (1986); Artexpo Jacob Javits, Nova York (1991); Conciérge Gallery, Miame Estados Unidos (1992); Clube Atlético Paulistano (2000); Casa da Fazenda do Morumbi (2003)
Nino Ferraz introduziu recentemente em suas esculturas, formas, desenhos, equilíbrio e movimento giratório lançando assim a "Arte Compressiva Dinâmica" - a leveza do aço. Suas obras constam de acervos particulares no Brasil, no Exterior e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.
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