Debate acalorado e alguns incidentes marcam depoimento do secretário da Segurança Pública
06/06/2006 18:33




A reunião extraordinária realizada nesta terça-feira, 6/6, pela Comissão de Segurança Pública para ouvir o secretário Saulo de Castro Abreu Filho foi marcada pelo debate acalorado e por alguns incidentes. O secretário da Segurança fora convocado para prestar esclarecimentos sobre as razões para a diminuição dos recursos destinados à segurança escolar e sobre as medidas adotadas para prevenir, investigar e punir os responsáveis pelos crimes praticados contra policiais militares no início do ano.
A reunião chegou a ser interrompida em razão de desentendimento entre o depoente e o deputado Vanderlei Siraque (PT), vice-presidente da comissão, que tomou o microfone do secretário. Saulo levantou-se e deu uma volta sobre si mesmo, com as mãos para cima, como se estivesse se rendendo aos ataques verbais.
O secretário discorreu por alguns minutos sobre a questão da diminuição dos recursos destinados à segurança escolar, ressalvando, no entanto, que a discussão era extemporânea, pois o tema já havia sido votado pela Assembléia. Como esclareceu o próprio deputado Renato Simões (PT), esse item da pauta tinha sido de fato superado. "O governo reduziu em 25% a verba destinada à segurança escolar no Orçamento de 2006, enviado à Assembléia. Os deputados modificaram essa proposta e, além de manter o percentual inicial, deram um acréscimo de 10%", afirmou.
Sobre os fatos que envolveram os ataques contra bases policias do Estado no início do ano, Saulo afirmou que todos os responsáveis tinham sido descobertos, alguns estavam presos e outros haviam morrido em confronto com a polícia.
O deputado Afanasio Jazadji (PFL), presidente da comissão, perguntou ao secretário sobre a forma de alerta dada à corporação para que não fosse surpreendida pela organização criminosa. Teve como resposta que todas as providências haviam sido tomadas para minimizar as conseqüências dos ataques, mas que detalhes mais objetivos só poderiam ser fornecidos reservadamente.
O deputado Vanderlei Siraque (PT), que presidiu parte da reunião, quis saber do secretário se os ataques do início do ano tinham relação com os ocorridos em maio e se a retomada das agressões do Primeiro Comando da Capital (PCC) podiam ser atribuídas a alguma falha dos órgãos policiais. Saulo respondeu que as informações de que dispunha não poderiam ser tornadas públicas, pois poderiam comprometer as investigações que estavam em curso na polícia.
O deputado repetiu essa resposta a outros deputados que queriam saber sobre o resultado dos inquéritos, o que criou tensão no ambiente, provocando seguidas e acaloradas discussões. O clima ficou ainda mais tenso com as manifestações de policiais na platéia contra a oposição e a favor do secretário.
O deputado Sebastião Arcanjo (PT) resumiu o ânimo dos oposicionistas ao fim do debate: "Creio que quem veio à reunião, como eu, para receber explicações, e não a claque presente que aqui foi convocada a comparecer pelo secretário, sai frustrado e conclui que não houve nenhuma medida preventiva e nenhuma articulação da Secretaria da Segurança que pudesse impedir o que aconteceu", disse referindo-se aos atentados de maio último. Segundo o parlamentar, "a forma como os deputados foram tratados aqui hoje revela o esgarçamento das relações entre as instituições no Estado". Sebastião Arcanjo (PT) sugeriu a formação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis omissões e responsabilidades das autoridades estaduais no caso dos ataques de maio.
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