Representantes da segurança privada debatem estratégia para evitar assaltos

Apesar de as empresas de transporte de valores utilizarem o mais alto nível de blindagem em seus veículos (nível 5) e investirem pesadamente nos equipamentos de segurança, elas se sentem vulneráveis à ação de marginais. A conclusão de representantes do setor, ouvidos nesta quarta-feira, 10/10, pela Comissão de Segurança Pública da Assembléia, é que se não houver apoio efetivo das polícias, todo o esforço torna-se inútil.
"Nossas empresas são verdadeiros fortes e nossos carros são muralhas de aço para agüentar os tiros dos marginais", disse o presidente da Associação de Transportes de Valores, Marcos Manoel Torres de Paiva. Segundo ele, tentar alcançar a modernidade e o arrojo dos equipamentos dos bandidos " um verdadeiro aparato bélico - é uma batalha fadada ao insucesso. Ele comentou o assalto à Protege, que teve a participação de 60 meliantes, em 11/9 último. Encapuzados e armados com fuzis e metralhadoras explodiram um portão dos fundos e levaram malotes de dinheiro da empresa. Dois ladrões morreram na troca de tiros com a polícia, mas ninguém foi preso. Também o patrimônio da empresa não foi recuperado. "É dinheiro que vai para o crime", protestou.
O problema mais sério, avalia Paiva, é o risco permanente a que são submetidos os vigilantes (somente neste ano, mais de 15 foram mortos em assaltos ou tentativas de assalto).
Para o especialista, uma possível solução para o problema dos roubos ocorridos nas bases de empresas de transportes de valores, seria a descentralização das investigações na Polícia Civil e um plano estratégico da Polícia Militar voltado para impedir esses crimes. Ele defendeu também a troca de informação entre as polícias. E a apuração dos crimes pela Polícia Federal, em conjunto com as polícias dos Estados.
O comandante do policiamento da Capital, coronel PM Ailton Araújo Brandão, contestou a afirmação dos representares das empresas de transportes de valores quanto à segurança das bases e afirmou que, em diversos assaltos a bancos e empresas de valores, constatou falhas nesse aspecto, como a colocação de alarmes em lugares não adequados. O coronel assegurou que a Polícia Militar de São Paulo tem planejamento estratégico, é bem equipada e está preparada para o enfrentamento dos bandidos. Disse estar aberto ao diálogo com as empresas para aprimorar a eficiência das ações contra os marginais.
O presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Segurança Eletrônica, Serviços de Escolta e Cursos de Formação de São Paulo (Sesvesp), José Loyola, afirmou que a entidade está à disposição dos órgãos constituídos para proceder à troca de informações importantes para o combate às ações criminosas.
Questionado pelo major Olímpio, de quem partiu a iniciativa de debater o assunto com a Comissão de Segurança Pública, Loyola enfatizou a importância de uma atuação contra a clandestinidade da segurança privada. Segundo ele, é muito grande o número de empresas que atuam no mercado irregularmente.
O representante da Confederação Nacional dos Vigilantes, Jeison Araújo de Souza, relatou a situação alarmante vivida pela categoria: "Nossos vigilantes estão morrendo nas ruas e o Poder Público nada faz", desabafou. De acordo com o sindicalista, os vigilantes são massacrados pelas empresas, pela legislação e pela bandidagem. "Brinca-se de fazer segurança", alertou.
Para o representante da Protege, o apoio e respaldo policial é essencial no combate aos assaltos. Ele defendeu, juntamente com o deputado Said Mourad (PSC) o compartilhamento das informações que possam levar a elucidar as ocorrências e impedir novos ataques.
Participaram da reunião também os deputados Conte Lopes (PP), Simão Pedro (PT) e Jorge Caruso (PMDB). Revezaram-se na presidência dos trabalhos Conte Lopes e Said Mourad.
Notícias mais lidas
- Deputado participa de missão oficial a Taiwan e busca ampliar cooperação com potência asiática
- Aprovado na Alesp, novo valor do Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804, é sancionado
- Entra em vigor hoje o novo Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804
- Vitória dos pescadores: artigo que restringia acesso ao seguro-defeso é suprimido
- Alesp aprova projeto que garante piso salarial nacional a professores paulistas
- São Vicente: a importância histórica da primeira cidade do Brasil
- Na Alesp, familiares, amigos e colegas de profissão se despedem do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes
- Sindicatos da Polícia Civil cobram envio de projeto da nova Lei Orgânica à Alesp
- Demanda antiga, Lei aprovada na Alesp unificou categoria de policiais penais
Lista de Deputados
Mesa Diretora
Líderes
Relação de Presidentes
Parlamentares desde 1947
Frentes Parlamentares
Prestação de Contas
Presença em Plenário
Código de Ética
Corregedoria Parlamentar
Perda de Mandato
Veículos do Gabinete
O Trabalho do Deputado
Pesquisa de Proposições
Sobre o Processo Legislativo
Regimento Interno
Questões de Ordem
Processos
Sessões Plenárias
Votações no Plenário
Ordem do Dia
Pauta
Consolidação de Leis
Notificação de Tramitação
Comissões Permanentes
CPIs
Relatórios Anuais
Pesquisa nas Atas das Comissões
O que é uma Comissão
Prêmio Beth Lobo
Prêmio Inezita Barroso
Prêmio Santo Dias
Legislação Estadual
Orçamento
Atos e Decisões
Constituições
Regimento Interno
Coletâneas de Leis
Constituinte Estadual 1988-89
Legislação Eleitoral
Notificação de Alterações