Ato solene organizado pelos deputados Simão Pedro e Renato Simões (PT) homenageou, nesta sexta-feira, 15/4, na Assembléia Legislativa, os 30 anos da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Além de representantes da CPT, participaram da solenidade diversas entidades ligadas à questão agrária, como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), a Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), coordenadores de assentamentos e grupos de sem-terra, além de diversos assentados. Um dos principais objetivos do evento foi ressaltar o 17 de abril, instituído como Dia Internacional da Luta Camponesa. Nesta data, em 1996, 21 trabalhadores rurais sem-terra foram assassinados em Eldorado dos Carajás (PA). O deputado Simão Pedro salientou a constante solidariedade da Igreja com as lutas camponesas, destacando a CPT pela contribuição à democracia no Brasil nas denúncias de violência no campo. "A CPT não deixa passar um crime sem que seja denunciado, transformando-o num grito pela reforma agrária, pela paz e pela justiça no campo", afirmou.Um pouco da história da CPT foi relatada pelo Padre Naves, um dos coordenadores da entidade. Segundo ele, em 1973 houve uma reunião de bispos, padres e leigos com o objetivo de criar uma organização que pudesse ajudar os trabalhadores do campo. "A partir de três verbos " articular, assessorar e dinamizar " nasceu a CPT, cujo método de trabalho eram as comissões", Naves comentou.Compareceram ao evento o deputado estadual Adriano Diogo (PT), o deputado federal Luis Eduardo Greenhalgh (PT), o bispo de Assis Dom Maurício Gracco de Camargo, a Irmã Alberta Girardi, coordenadora da CPT, entre outros militantes da luta pela terra no Brasil.