CPI dos Combustíveis aprova relatório final

DA REDAÇÃO
A CPI que investiga supostas irregularidades na comercialização, distribuição e na qualidade dos combustíveis, presidida pelo deputado Edmir Chedid (PFL), aprovou na tarde desta quinta-feira, 13/6, seu relatório final, encerrando assim seus trabalhos. O relator, deputado Arnaldo Jardim (PPS), apresentou os principais itens do documento, que relata sinteticamente as 69 oitivas feitas pela comissão ao longo dos últimos três semestres, as diligências realizadas a postos e distribuidoras, o trabalho desenvolvido em conjunto com o Ministério Público e traça uma avaliação geral do setor de combustíveis no Estado de São Paulo.
O relatório reúne também um conjunto de sugestões e propostas de procedimentos para conter a atividade criminosa da adulteração de combustíveis e sonegação de impostos. Segundo Arnaldo Jardim, as propostas visam diminuir as deficiências das estruturas de fiscalização e controle e do arcabouço legal para exercê-los. Sugere, entre outras coisas, a normatização das notas fiscais; o estabelecimento de alíquota única de ICMS em âmbito nacional; a redução da alíquota de ICMS no Estado; mudanças na pauta tributária para a corrente de produtos de uma mesma base química e implantação da sistemática de ressarcimento de impostos para solventes utilizados pela indústria como insumo ou matéria-prima.
Também para evitar fraudes e misturas de solventes, a comissão havia sugerido, em seu pré-relatório, apresentado em setembro do ano passado, a adoção do marcador de solventes, prática esta que já vem sendo adotada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). A proposta foi ratificada no relatório atual, com advertências relativas a supostos mecanismos de desmarcação utilizados pelos fraudadores.
A CPI constata existir um vácuo legal com relação às práticas fraudulentas, e propõe a tipificação do crime de adulteração de combustíveis. Aponta também a necessidade de cuidados relativos à utilização de sócios laranjas, e para isso requer que a Secretaria da Fazenda e a Junta Comercial promovam um recadastramento geral das empresas que atuam no setor de combustíveis.
O relatório aponta ainda algumas medidas relativas à lei de penalidades da ANP, outras para permitir maior controle sobre agressões ao meio ambiente, como a certificação dos tanques de combustíveis, e sugere a criação de um órgão da Polícia Civil específico para atuar junto aos casos de fraude e adulteração de combustíveis.
Arnaldo Jardim disse que a comissão salda a desregulamentação do setor de combustíveis, iniciada em 1997, mas está preocupada em afirmar o necessário papel do Estado como agente controlador e fiscalizador. O relator disse que há ainda muito a se fazer e um grande caminho a se trilhar, e por isso, não deve a Assembléia descuidar dessa questão. "Serão criados dois grupos de trabalho para dar seqüência aos trabalhos da CPI. Um deles será responsável pelo acompanhamento e sistematização das informações que ainda estão chegando à Assembléia. Outro grupo deve se encarregar da formulação de propostas de natureza legislativa e administrativa."
O presidente da CPI, deputado Edmir Chedid, encerrou as atividades da comissão lembrando que o percurso dos trabalhos foi marcado por ameaças que atingiram deputados, seus familiares e assessores, mas também por colaborações importantes como as do sindicato dos postos de Campinas (Recap), que organiza ampla campanha junto aos consumidores da região para combater a adulteração, as dos técnicos da Secretaria da Fazenda, da ANP, dos institutos de pesquisa e, em particular, dos órgãos técnicos da Assembléia Legislativa. Chedid destacou o trabalho da Assessoria da Polícia Civil e Militar da Assembléia e da Procuradoria Jurídica da Casa, que conseguiu a aprovação da quebra de sigilos bancário e fiscal de várias pessoas envolvidas em práticas de adulteração e sonegação.
Notícias mais lidas
- Deputado participa de missão oficial a Taiwan e busca ampliar cooperação com potência asiática
- Aprovado na Alesp, novo valor do Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804, é sancionado
- Entra em vigor hoje o novo Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804
- Vitória dos pescadores: artigo que restringia acesso ao seguro-defeso é suprimido
- Alesp aprova projeto que garante piso salarial nacional a professores paulistas
- São Vicente: a importância histórica da primeira cidade do Brasil
- Na Alesp, familiares, amigos e colegas de profissão se despedem do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes
- Sindicatos da Polícia Civil cobram envio de projeto da nova Lei Orgânica à Alesp
- Demanda antiga, Lei aprovada na Alesp unificou categoria de policiais penais
Lista de Deputados
Mesa Diretora
Líderes
Relação de Presidentes
Parlamentares desde 1947
Frentes Parlamentares
Prestação de Contas
Presença em Plenário
Código de Ética
Corregedoria Parlamentar
Perda de Mandato
Veículos do Gabinete
O Trabalho do Deputado
Pesquisa de Proposições
Sobre o Processo Legislativo
Regimento Interno
Questões de Ordem
Processos
Sessões Plenárias
Votações no Plenário
Ordem do Dia
Pauta
Consolidação de Leis
Notificação de Tramitação
Comissões Permanentes
CPIs
Relatórios Anuais
Pesquisa nas Atas das Comissões
O que é uma Comissão
Prêmio Beth Lobo
Prêmio Inezita Barroso
Prêmio Santo Dias
Legislação Estadual
Orçamento
Atos e Decisões
Constituições
Regimento Interno
Coletâneas de Leis
Constituinte Estadual 1988-89
Legislação Eleitoral
Notificação de Alterações