20 anos da Constituinte Estadual de 1989 - Eni Galante: uma percepção diferenciada

Como foi a participação da mulher na Constituinte?
Éramos, há vinte anos atrás, apenas cinco mulheres na Assembleia Constituinte. A mulher ainda tinha dificuldade de entrar na vida política. Orgulho-me de ter sido uma delas, de ter enfrentado esse período. Em minha opinião, as mulheres não só devem fazer parte, como também chegar a uma participação de 50% no Parlamento. Esse seria o balanço ideal para os dias de hoje. A mulher tem uma percepção diferenciada, ela enxerga a vida com olhar diferente, vê as pequenas coisas, que às vezes passam despercebidas a um homem, não menosprezando o gênero masculino, pois eles têm outras qualidades.
Minha vivência aqui foi um período que me marcou muito, e do qual guardo lembranças boas e lembro também das dificuldades que tive, justamente por sermos um grupo muito pequeno de mulheres. Orgulho-me de ter feito parte de uma comissão que conseguiu levar subsídios que contribuíram para a formação da Constituição. Dos onze integrantes, eu era a única mulher. Essa é uma das coisas das quais me orgulho. Muito trabalho, mas podia se ver no semblante de cada uma das pessoas que ali trabalharam a emoção e a sensibilidade quando se encontrava uma solução que viria a beneficiar algum segmento da população e, no futuro, nossos filhos e netos.
Havia muitas cobranças da sociedade. Eu ainda não estava acostumada com aquelas cobranças pesadas. Hoje acho que valeu a pena, e acredito que contribuímos para aumentar a participação feminina na política.
E hoje?
Se as mulheres se unirem mais, se desaparecer aquele preconceito de que mulher não vota em mulher, a participação feminina poderia aumentar ainda mais. Na política são atuantes, ainda que elas tenham dupla jornada de trabalho: além de donas de casa, de mães e esposas, têm uma visão política muito boa. Essa minha crença vem das conversas com amigas e conhecidas, antigas colaboradoras que trabalharam comigo na política. Acredito que hoje elas têm uma visão muito ampla, não só como deputadas, mas até atuando em cargos mais elevados. Porque são merecedoras.
Fonte: texto elaborado pela Divisão de Imprensa com base em entrevista concedida à TV Alesp.
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