Discriminação com os aposentados

O tratamento destinado aos inativos pelo governo foi criticado por Clóvis de Oliveira, da Associação dos Funcionários Civis e Militares do Brasil (Asbra). Segundo ele, o PSDB tem usado artifícios para conceder benefícios apenas aos funcionários da ativa. Clóvis chegou a afirmar que um policial militar, quando se aposenta, tem o seu soldo diminuído à metade. "O Adicional Operacional de Localidade (AOL), por exemplo, não é pago aos inativos", reclamou.

Cobrança de diplomas

O excesso de taxas cobradas pelas escolas particulares foi criticado por Cremilda Estella Teixeira, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (Napa). Ela afirmou que o governador José Serra havia prometido acabar com a cobrança de diplomas por parte das escolas, mas isso até agora não ocorreu. Cremilda classificou essas cobranças como "ilegais e imorais" e disse que irá ao Ministério Público pedir providências a respeito.

Mais gente na rua

A população de rua aumentou no Brasil, inclusive com mais crianças em situação de risco, alertou Robson César Correia de Mendonça, do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua em São Paulo. Robson entende ser uma "falácia" a promessa da prefeitura de tirar as crianças da rua. "Só se for para colocá-las na calçada", ele ironizou. Robson avisou que os moradores de rua iniciarão uma passeata no próximo dia 20/9 até Brasília, para protestar contra a impunidade em relação aos crimes que dos quais os moradores foram vítimas.

Vidas ceifadas

A delegada aposentada Maria Lima de Matos voltou a afirmar que "o governo Serra é uma vergonha para o estado democrático de direito". Ela entende que o atual governo viola os direitos fundamentais à vida, integridade física, segurança e igualdade jurídica que todos os seres humanos têm. Ela afirmou ter passado o feriado de 7 de Setembro no Guarujá, não tendo visto uma viatura sequer nas 94 favelas daquele município. "Vidas estão sendo ceifadas", disse a delegada.

Greve branca

José Leonilson de Queiroz Almeida, do Instituto Capivari Filhos da Terra, afirmou que "há uma greve por debaixo dos panos no transporte público em São Paulo". Segundo ele, os ônibus não têm parado nos pontos mesmo quando estão vazios. Ele relatou acidentes ocorridos recentemente envolvendo coletivos e classificou tais ônibus como "verdadeiras sucatas". Ao final, conclamou as pessoas a lutarem por melhorias e mais segurança no transporte.

Ricos x pobres

José Roberto Alves da Silva, do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública, denunciou a manipulação dos países pobres pelos países ricos, o que acarretaria crises econômicas responsáveis pela degradação social em que vivem aqueles.

Infra-estrutura em Parelheiros

Discutindo as péssimas condições de segurança do trânsito na região, Josenias Castanho Braga, do Movimento Social Parelheiros, cobrou a realização de obras de infra-estrutura, além de políticas adequadas, de controle do tráfego em Parelheiros.

Roda assassina

Citando o acidente ocorrido na quarta-feira, 12/9, na avenida Washington Luiz, em que uma pessoa morreu atingida pela roda que se soltou de um coletivo, Merice Andrade de Quadros, da ONG Embu Guaçu em Ação, cobrou urgentes providência para a melhoria do transporte público no Estado de São Paulo.

Terceiro mandato

Anderson Cruz, do Instituto de Educação de São Paulo, disse enxergar na peça publicitária que aponta três razões para ser cliente do Banco do Brasil uma propaganda subliminar em prol do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Tal campanha estaria, segundo ele, sendo engendrada pelo ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, copiando a manipulação da imprensa venezuelana, perpetrada pelo presidente daquele país, Hugo Chaves.

Fadiga

O líder dos Moradores do Jardim Tremembé, Sílvio Luiz Del Giudice, ao comentar a morte de mais um trabalhador rural do setor canavieiro por fadiga de trabalho, criticou a inoperância e a corrupção dos Estados paulista e brasileiro, responsáveis por tais fatos.

Pátria amada

Alfredo Tercero Silva Silva, presidente fundador do Círculo Chileno Brasileiro de Integração, lembrou das comemorações da independência do Brasil ocorridas em 7 de setembro, fazendo um breve resumo da história do país. Segundo ele, o brasileiro não conhece o Brasil e está iludido. Mas, acrescentou, há uma esperança: educar os meninos de hoje, acabar com a corrupção, punir os crimes e criar responsabilidades sociais. "De nós depende a pátria amada", concluiu.

Nordestinos abandonados

Ricardo Monteiro Souza, o Manndella, afirmou que os nordestinos estão passando necessidade em São Paulo. "Eles estão nas ruas, jogados, sem assistência. Temos de fazer a nossa parte", declarou. Para Manndella, foram os nordestinos que construíram São Paulo e devem ser devidamente respeitados. Citou, também, reportagem publicada na imprensa noticiando que a justiça obrigou a Igreja Universal a devolver o dízimo de um fiel arrependido. Para o orador, que se disse evangélico, é um absurdo que a Justiça tenha tido de intervir, pois o dinheiro deveria ter sido automaticamente devolvido.

Vergonha na cara

Maria Aparecida Nunes expressou repúdio por cena que viu num programa de tevê, no qual o secretário da Segurança Pública saía de uma delegacia de polícia abraçado ao promotor que assassinou um rapaz. Em sua opinião, o governador Serra deveria ter "vergonha na cara - como teve, por exemplo, o presidente Lula, quando demitiu o ministro responsável pelo transporte aéreo -, e demitir o secretário". Referiu-se, também, à associação da qual faz parte, que tem estatuto próprio e está lutando pela reestruturação da Santa Casa da região.

Dimensão maior

Darcy Rosa dos Reis agradeceu à delegada Maria Lima por ter "navegado por Kant, nos levando a uma dimensão maior". Citou também o orador Anderson, que se referiu à independência. "Se você se aprofundar, poderá verificar que nunca houve independência no Brasil", opinou. Criticou o fato de que os "oprimidos" sejam obrigados a fazer declaração de isentos do Imposto de Renda. "Já vivemos constantemente estressados e ainda temos mais isso para nos oprimir", reclamou.

Inércia

Rommel Gimenes de Araújo, do Fórum Regional de Luta por Moradia/Pedreira, criticou a subprefeitura responsável por atender a região da Pedreira. "A prefeitura se omite e não complementa a duplicação da Estrada do Alvarenga até Diadema, o que gera um trânsito absurdo na região", afirmou Rommel. A falta de limpeza do córrego Olaria foi outra reivindicação apresentada pelo orador.

Desamparo

A falta de crédito na Justiça brasileira foi a tônica da manifestação de Josefa Maria Freire, do Movimento dos Aposentados. Para Josefa, os aposentados amargam o desamparo por parte do governo, que também falha na saúde e segurança. "O que vemos acontecer no dia-a-dia nos deixa cada vez mais desiludidos com a Justiça e o governo do Brasil", afirmou.

Desrespeito

O ex-funcionário da empresa Personal Care, William Aguiar do Prado, do Movimento Popular de Saúde Parelheiros/Marsilac, fez críticas à sua antiga empregadora. "A Personal Care não cumpre a legislação trabalhista, atrasa os salários, não paga férias nem 13º salário e não paga o INSS. Mesmo assim continua a prestar serviços para o SUS. A empresa obriga os funcionários a estender sua carga horária sem qualquer pagamento adicional", afirmou.

Sem planos

Rodolpho Barbosa, da União da Juventude Paulista " UJP, criticou o governo Lula pela sua ineficiência e afirmou que falta bom senso a quem defende a política do PT. Rodolpho fez criticas à gestão de Marta Suplicy na prefeitura paulista e disse que o governo petista é um governo sem planos, que busca apenas favorecer os amigos.