Audiência em Marília: segmentos da Educação marcam presença

Audiência pública em Marília
19/09/2005 12:40

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Mesa de abertura da Audiência Pública sobre o Orçamento/2006, em Marília<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Marilia mesa de abertura.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Professores lotam a galeria da Câmara Municipal de Marília<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Marilia publico.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Da redação " Marisa Mello

Professores da ativa e aposentados mais uma vez marcaram presença em uma das audiências publicas que vêm sendo promovidas pela Comissão de Finanças e Orçamento (CFO) para debater o orçamento estadual para 2006. A reunião de hoje está sendo realizada na Câmara de Marília com a presença de aproximadamente 40 pessoas.

Na abertura dos trabalhos, José Caldini Crespo, presidente da CFO, destacou que as reuniões são realizadas nas cidades sedes de governo, mas que as pessoas vindas de municípios de outras regiões podem participar. Em seguida, explicou a dinâmica das audiências, alertando que a Constituição estadual prevê o debate com a população para a elaboração do orçamento. "Até então, o Executivo vinha realizando as reuniões presenciais. Entretanto, a partir deste ano, aquele poder decidiu fazê-lo apenas pela Internet, o que a comissão entendeu não ser suficiente para atender a participação da sociedade organizada", explicou Crespo.

Vinícius Camarinha, deputado pelo PSB, lembrou a máxima de Franco Montoro: "o povo não vive no Estado ou na União, vive nos municípios". Depois passou a enumerar reivindicações que considera importantes para Marília. Duplicação da rodovia Marília-Bauru, recursos para ampliação do atendimento de saúde, atenção para entidades assistenciais e infra-estrutura para a Fatec local foram as sugestões de Camarinha, que encerrou saudando os segmentos da Educação presentes na Câmara.

Servidores estaduais apresentam demandas

A sede da Policia Técnico-Científica de Marília precisa de novas instalações. A demanda foi apresentada por Maria Leonor Munhoz. Ela explicou que o local está inadequado e falta espaço para manter os arquivos.

A encampação da Faculdade de Medicina de Marília pela Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia precisa de infra-estrutura para se consolidar. Alem desse pedido, Vanderlei Pinto, da Unesp, pleiteou saneamento básico para sua cidade, duplicação da rodovia Marília-Bauru e recursos para a universidade implementar os novos cursos.

Maria Valeria Barbosa, da Fatec, pediu a derrubada do veto do governador às emendas que elevam a verba da Educação na LDO e criticou fortemente o deputado Zuza Massih pela falta de diálogo com sua comunidade e pela ausência na audiência. Valeria lembrou a existência de muitas favelas em Marília e pediu recursos para moradias populares.

O Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza foi representado por Denise Rikala. "A preocupação do Sinteps tem sido manter a qualidade do Centro Paula Souza ante a crescente ampliação de cursos da Fatec. Assim, precisamos de mais verbas e da derrubada do veto." Denise ainda informou que a grande parte dos recursos destinados inicialmente no orçamento ficam retidos pelo governador.

Vereadores da região apresentam demandas

Alvinlandia mandou representantes para a audiência publica em Marilia. O presidente da Câmara daquela cidade, Ivan Zinetti, pediu a instalação de uma universidade publica. O vereador Alcídio Oliveira indicou como demanda o prolongamento da rodovia Castelo Branco, a estadualização da BR-153, recursos para serviços de assistência social e a ampliação do atendimento da Fundação para o Remédio Popular.

Vindo de Garça, o vereador Massao Ogawa priorizou a segurança publica. Ele pediu aumento do efetivo policial e aprimoramento do trabalho da policia comunitária.

Os vereadores de Marilia também apresentaram sugestões. Valter Cavina pontuou como prioridade a construção de marginais na rodovia do Contorno. Reivindicou ainda o prolongamento da rodovia Castelo Branco e a conclusão da ponte que liga São Paulo (em Paulicéia) ao Mato Grosso com passagem inferior. Carlos Bessan destacou que se faz necessário maior incentivo para as pequenas e micro empresas. "O pequeno empreendimento tem sido a saída para o desemprego", disse. Hely Biscaro pleiteou melhores salários para o funcionalismo, sobretudo, para os policiais civis. Pediu recursos para o hospital de Marilia e protestou contra o abandono em que se encontram as ferrovias no Estado.

Inclusão social

Adelson Monteiro disse que os bairros distantes do centro de Marilia sofrem com problemas de violência nas escolas e com a falta de urbanização. "Precisamos de investimentos na educação, inclusive a superior, para melhor atender os jovens e garantir a inclusão social", reivindicou.

Rosalina Costa, da Apampesp, reforçou a questão da contrapartida do governo estadual na manutenção do Iamspe. Sueli Lima, da Unesp, protestou contra a repressão aos professores e alunos universitários, nas imediações da Assembléia Legislativa, semana passada. Sueli insistiu na importância da derrubada do veto às emendas da Educação na LDO.

Final de reunião

Edmir Chedid (PFL), relator do orçamento, lembrou que a mortalidade em rodovias da região tem alta taxa. Segundo ele, isso justifica os diversos pedidos de melhoria para as estradas. Sobre o veto, Chedid disse que os deputados da região precisam marcar posição votando a favor da Educação.

O relator explicou que os escritórios regionais responsáveis pelo planejamento de investimentos estão restritos às sedes administrativas e não tem condições de reunir a sociedade para a oitiva de sugestões, a exemplo do que a Comissão de Finanças e Orçamento esta fazendo agora.

"O orçamento trata as aplicações de forma genérica, aponta melhorias na rede de esgoto, mas não especifica em que localidade isso vai acontecer. Precisamos definir isso no relatório, a partir das sugestões apontadas", afirmou Chedid, ressaltando que os secretários estaduais muitas vezes não determinam o que cada região precisa, porque não conferem os problemas in loco.

Para o relator, é inadmissível que Marilia sofra com a falta de urbanização de favelas, enquanto a CDHU tem dinheiro em caixa para investir em construção de moradias.

O presidente da Câmara de Marilia, Herval Seabra, encerrou o evento, saudando a iniciativa da comissão de vir a Marilia para ouvir sobre os problemas da região que, segundo ele, foram compilados muito bem pelo deputado Edmir Chedid.

alesp