Frente parlamentar realiza caminhada e coleta mais de 5 mil assinaturas contra CPMF


04/09/2007 10:01

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Caramez convence populares a aderirem ao movimento, assinando o manifesto<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/CARAMANIFESTA.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Mais de 5 mil assinaturas foram recolhidas no dia 31/8, no centro de São Paulo, durante caminhada de duas horas promovida pela Frente Parlamentar contra a CPMF. Elas vão se somar a mais de 1 milhão de assinaturas recebidas pelo site www.contracpmf.com.br até o último dia de agosto.

Segundo o deputado João Caramez (PSDB), coordenador da frente, "nosso objetivo foi divulgar o movimento, explicando à população " através de um panfleto simples e com linguagem acessível " as razões pelas quais a CPMF é um tributo injusto e precisa acabar. Ao mesmo tempo, foi uma oportunidade para que pessoas que não têm acesso à internet pudessem expressar o seu repúdio à tentativa do governo de prorrogar a cobrança por mais quatro anos".

A caminhada começou no Pátio do Colégio, seguiu pela rua 15 de Novembro, ladeira Porto Geral e rua 25 de Março, terminando no Mercado Municipal.

Adesão popular

Segundo Caramez, as assinaturas coletadas comprovam que o movimento está representado por toda a sociedade brasileira, indistintamente. "Essa história de que só os empresários são contra a CPMF já caiu por terra e não pode mais ser usada pelo governo federal para diminuir a força do nosso movimento. Prova disso é que, em apenas duas horas, conseguimos milhares de assinaturas de comerciantes, camelôs, profissionais liberais, estudantes e donas-de-casa", disse o deputado.

"Todo mundo de bom senso é contra a CPMF. A gente paga, paga e não tem retorno", justificou o funcionário público Benito Oliveira da Silva, de 39 anos, ao assinar o manifesto.

O homem-placa Ricardo Luiz da Silva, de 46 anos, que trabalha na rua 15 de Novembro, mesmo não tendo conta bancária é contra a cobrança da CPMF, porque, segundo ele, "todo mundo paga o imposto, mesmo aqueles que não possuem conta em banco. O valor da CPMF já é repassado em todos os produtos, até no pãozinho".

Já o motoboy Alex Sandro Dias Duarte é categórico: "Não agüentamos mais pagar tanto e receber tão pouco. A saúde está um caos. O povo não é burro, precisa ser respeitado". A advogada Gina Góes, de 37 anos, encerra a questão de forma incisiva: "Chega. Não tem que prorrogar. É provisório. Não queremos mais".

A frente

Criada por iniciativa do deputado João Caramez, a Frente Parlamentar contra a CPMF conta com o apoio, entre outras entidades, da Ação Brasileira de Apoio ao Setor de Serviços (Abrasse), Associação de Professores Aposentados (Apampesp), Associação Paulista de Supermercados (Apas), ABC Farma e Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos, Associação Comercial, Central Brasileira do Setor de Serviços Secretaria (Cebrassa), Federação do Comércio (Fecomércio), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo (Sescon/Aescon), Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Sindicato dos Hospitais (Sindhosp), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e União de Vereadores (Uvesp).

A coleta de assinaturas continua no site www.contracpmf.com.br.

jcaramez@al.sp.gov.br

alesp