Faleceu nesta terça-feira, 14/2, às 5h, no Hospital Sírio-Libanês, na capital, o ex-deputado Renato Cordeiro. Nascido na cidade paulista de Birigüi em 26/7/1928, Renato era filho de Arthur Cordeiro e de Inês Braga Cordeiro.

Iniciou seus estudos em sua cidade natal e ingressou na Escola Paulista de Medicina em 1947, com apenas 19 anos de idade, formando-se em 1952.

Candidatou-se na eleição de 1958 para prefeito de Birigüi, sendo eleito pelo Partido Republicano (PR). Exerceu seu mandato de 1959 a 1962, quando se descompatibilizou do cargo para concorrer a uma cadeira na Assembléia Legislativa de São Paulo, por esse mesmo partido. Com 8.327 votos, foi eleito deputado estadual para a 5ª Legislatura (1963-1967). Ainda em 1963, iniciou o curso de Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito do Vale do Paraíba, graduando-se em 1968.

Com o fim do pluripartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena) e, em 15/11/1966, foi reeleito por esse partido, com 10.852 votos, deputado estadual para a 6ª Legislatura (1967-1971). Em 25/1/1968, o deputado Renato Cordeiro participou das solenidades de transferência do prédio do Palácio 9 de Julho do Parque Dom Pedro II para o Parque do Ibirapuera.

Em fevereiro de 1969, assistiu ao fechamento do Parlamento paulista pelo Ato Institucional 5, baixado pelo governo militar. Durante o recesso daquele ano, quase 30 deputados paulistas tiveram seus mandatos cassados e seus direitos políticos suspensos por dez anos pelo regime militar.

Foi reeleito mais uma vez à Assembléia Legislativa em 1970, com 31.045 votos, para a 7ª Legislatura (1971-1975). Entre 1971 e 1973, ocupou o cargo de 4º secretário da Mesa Diretora da Alesp, exercendo também nesse mandato a presidência da Comissão de Finanças e Orçamento.

Com 34.115 votos, foi reconduzido mais uma vez ao Palácio 9 de Julho, nas eleições de 1974, pela Arena, para a 8ª Legislatura (1975-1979). Nesse mandato, foi membro das comissões de Saúde e Higiene, de Finanças e Orçamento e da Promoção Social.

Foi eleito pela quinta vez deputado estadual pela Arena, em 15/11/1978, com 30.625 votos, para a 9ª Legislatura (1979-1983). Em 1980, com o fim do bipartidarismo, filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS). Em 1982, licenciou-se do mandato parlamentar para assumir o cargo de secretário estadual da Agricultura e Abastecimento do governo de José Maria Marin.

Nas eleições de 1982, foi eleito deputado federal pelo PDS, para a Legislatura de 1983-1987. Candidatou-se a uma vaga de constituinte no pleito de 15/11/1986, mas obteve apenas uma suplência.

Afastando-se da vida pública, retornou às funções de médico-cirurgião do Hospital São Camilo e de diretor da Intermédica São Camilo, cargo que exerceu até 1990. Em 1999, depois de se afastar gradualmente do exercício da medicina, passou a dedicar-se a atividades no mercado financeiro e no mercado imobiliário. Foi autor de vários livros, notadamente de memórias.

Renato Cordeiro foi casado com Cristina Cordeiro. Seu corpo foi velado no Hall Monumental da Assembléia Legislativa de São Paulo. O sepultamento aconteceu às 17h, no cemitério Gethsêmani, nesta capital.