Seminário esclarece as mudanças na previdência dos servidores paulistas



As mudanças que devem ocorrer até o final de abril na previdência dos servidores públicos do Estado de São Paulo foram assunto de um seminário realizado nesta segunda-feira, 2/4, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. O evento foi promovido por entidades do funcionalismo público e especialistas em previdência, como a Federação Associativa do Funcionalismo Público, a Federação Sindical do Funcionalismo Público, o Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e a Associação dos Funcionários da Assembléia Legislativa. Também contou com as palestras do advogado da Apeoesp César Rodrigues Pimentez e do procurador da Assembléia Legislativa José Roberto Caglia.
As modificações estão contidas em dois projetos de lei complementar enviados pelo Poder Executivo à Assembléia Legislativa: o PLC 30 e o PLC 31, de 2005. O primeiro constitui a SPPrev, autarquia que será a gestora do sistema de previdência do Estado de São Paulo, tanto dos servidores civis quanto dos militares, e administrará a concessão e o pagamento de aposentadorias e pensões. O segundo trata dos direitos e da forma de concessão e pagamento dos benefícios.
Diversos são os problemas levantados pelos representantes do funcionalismo e pelos especialistas, mas os principais, com relação à empresa gestora, são relativos ao equilíbrio de representação entre os poderes e entre o Estado e os servidores, e à "definição frouxa da forma de funcionamento da entidade", que geraria desconfiança e falta de segurança tanto aos aposentados e pensionistas quanto aos que estão em vias de se aposentar. Quanto ao PLC 31, que trata dos benefícios, as críticas são relativas à possibilidade de perda de direitos.
Passivo atuarial
O percentual da contribuição do servidor é um problema à parte. O projeto praticamente ignora o chamado passivo atuarial, ou seja, o que o gestor (no caso, o Poder Executivo) deixou de repassar para o sistema vigente ao longo dos anos.
Hoje, para equilibrar o sistema, o governo arca com cinco vezes o que arrecada em contribuições dos servidores. Pela nova regra, só poderá repassar até duas vezes o valor das contribuições, de modo que, para haver equilíbrio, a parcela do servidor teria de ser aumentada. Se o passivo fosse contabilizado, o governo teria de colocar no sistema tudo o que deixou de repassar, e a contribuição poderia até cair. Hoje, os servidores contribuem com 11% do total de seus vencimentos.
O CRP
O Certificado de Regularidade Previdenciária, que expira neste mês " e que é necessário para que o governo estadual prove o cumprimento da lei e receba repasses da União, ou celebre acordos e contratos com o governo federal, além de não poder obter financiamentos de instituições financeiras federais " vem sendo prorrogado à custa de medidas liminares.
Para obtê-lo, é preciso adequar o regime previdenciário estadual aos ditames da Emenda Constitucional 40, de 2003, que promoveu a última reforma previdenciária e determinou sistemas únicos estaduais para os servidores estatutários efetivos (concursados), exclusivamente voltados para a cobertura de aposentadorias e pensões, sem outra finalidade.
Relação bilateral
As relações previdenciárias não são mais um sistema em que o Estado tutela os beneficiários. Trata-se de uma relação de acordo entre as partes, já decidida na OIT e, infelizmente, ainda não ratificada pelo Brasil. Segundo o procurador José Roberto Caglia, o governo ignora a participação da parte interessada, ao deixar a gestão do sistema para o patrão (o governo).
Sobre a interferência do Poder Executivo sobre os outros poderes e órgãos, Caglia disse que não se trata exatamente de uma ingerência, mas de uma deselegância do Poder Executivo, ao impingir a todos a mesma regra sem convidá-los a aderir. "No Paraná, os outros poderes aderiram ao novo sistema por convênio", que dizer, ficaram responsáveis pela decisão de conceder ou não os benefícios, geridos pela autarquia comum.
Notícias mais lidas
- Deputado participa de missão oficial a Taiwan e busca ampliar cooperação com potência asiática
- Aprovado na Alesp, novo valor do Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804, é sancionado
- Entra em vigor hoje o novo Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804
- Vitória dos pescadores: artigo que restringia acesso ao seguro-defeso é suprimido
- Alesp aprova projeto que garante piso salarial nacional a professores paulistas
- São Vicente: a importância histórica da primeira cidade do Brasil
- Na Alesp, familiares, amigos e colegas de profissão se despedem do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes
- Sindicatos da Polícia Civil cobram envio de projeto da nova Lei Orgânica à Alesp
- Demanda antiga, Lei aprovada na Alesp unificou categoria de policiais penais
Lista de Deputados
Mesa Diretora
Líderes
Relação de Presidentes
Parlamentares desde 1947
Frentes Parlamentares
Prestação de Contas
Presença em Plenário
Código de Ética
Corregedoria Parlamentar
Perda de Mandato
Veículos do Gabinete
O Trabalho do Deputado
Pesquisa de Proposições
Sobre o Processo Legislativo
Regimento Interno
Questões de Ordem
Processos
Sessões Plenárias
Votações no Plenário
Ordem do Dia
Pauta
Consolidação de Leis
Notificação de Tramitação
Comissões Permanentes
CPIs
Relatórios Anuais
Pesquisa nas Atas das Comissões
O que é uma Comissão
Prêmio Beth Lobo
Prêmio Inezita Barroso
Prêmio Santo Dias
Legislação Estadual
Orçamento
Atos e Decisões
Constituições
Regimento Interno
Coletâneas de Leis
Constituinte Estadual 1988-89
Legislação Eleitoral
Notificação de Alterações