SOS Racismo promove encontro do movimento negro


18/06/2007 12:01

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O presidente da Assembléia, deputado Vaz de Lima, participou do evento o qual considerou um importante fórum para o debate da discriminação sofrida pelos negros<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/DSC_6716.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> "Encontro do SOS Racismo com a Militância do Movimento Negro"<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/DSC_6657.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O SOS Racismo, entidade implantada na Assembléia Legislativa com o objetivo de combater ações discriminatórias por motivo de raça ou origem, promoveu, nesta segunda-feira, 18/6, o "Encontro do SOS Racismo com a Militância do Movimento Negro". O presidente da Assembléia, deputado Vaz de Lima, participou do evento o qual considerou um importante fórum para o debate da discriminação sofrida pelos negros.

De acordo com Francelino Neto, coordenador do evento, apesar de o SOS Racismo ter organizado um encontro com o movimento negro, isso não significa que outras etnias sejam desconsideradas. "Neste momento estamos conversando com o movimento negro, mas nossa entidade visa o combate a toda e qualquer discriminação racial", explicou.

Além de divulgar o SOS Racismo, o encontro teve como objetivo a interlocução entre diversas organizações do movimento negro, como forma de refletir sobre ações afirmativas contra a discriminação.

A anemia falciforme, doença hereditária trazida pelos negros africanos ao Brasil, foi o tema tratado pela representante da Associação Pró-falcêmicos, Benedita Aparecida Bastos. Segundo ela, trata-se de uma doença que incide sobre uma camada desfavorecida da população, que desconhece sua existência e as formas de combatê-la. "Nossa intenção é divulgar a existência da doença e exigir uma atenção maior a ela", declarou.

O representante da Educafro " Educação e Cidadania para Afro-descendentes, Frei Leandro, ressaltou a importância do SOS Racismo como um instrumento de combate à discriminação que se soma a outros também existentes. A exclusão é a principal conseqüência da discriminação: "nosso povo foi alijado de direitos fundamentais", considerou. Frei Leandro esclareceu que a Educafro combate o racismo promovendo a inserção dos jovens afro-descendentes nas universidades públicas e privadas por meio, por exemplo, da oferta de cursinhos pré-vestibulares.

Milton Barbosa, do Movimento Negro Unificado (MNU) lembrou que em setembro está previsto para acontecer na Assembléia Legislativa o Congresso Nacional de Negros e Negras do Brasil, cuja função será construir o projeto político dos negros para o país. Um dos eixos principais do Congresso, segundo Barbosa, é o tema das reparações aos negros. "A dívida é imensa e precisa ser paga para construirmos um novo país", enfatizou.

Vaz de Lima disse que o legislativo pode contribuir muito com o movimento negro através de legislação que promova ações afirmativas. "Essas questões não podem vir como fruto do paternalismo, mas da conquista de vocês que devem ousar e conquistar", concluiu.

alesp