O recente acordo ortográfico é alvo de críticas devido a incoerências, exceções e confusões com as mudanças na Língua Portuguesa. Na semana passada, o deputado Cássio Navarro (PSDB) aderiu a um manifesto nacional defendido pelo professor e gramático Ernani Pimentel. Entre os questionamentos estão os critérios para uso do hífen, que em palavras compostas como "cor-de-rosa" exige o sinal de pontuação e em "cor de café" é desnecessário.

Na essência, o manifesto, denominado Acordar melhor enquanto há tempo, propõe reflexão sobre o modo superficial do processo de aprovação do acordo ortográfico e a racionalização e simplificação da ortografia para melhorar o cotidiano das pessoas e dos professores. Lançado em 19/3, em Brasília, o texto tomou corpo e virou movimento. "A alteração obriga estudantes, jornalistas e demais profissionais a serem dependentes do novo manual devido às confusões promovidas na língua", reclama o professor.

O manifesto já possui mais de cinco mil signatários entre estudantes, políticos de destaque no cenário nacional, tais como o governador José Roberto Arruda (DEM-DF), os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Aldemir Santana (DEM-DF), João Durval (PDT-BA) e Gim Argello (PTB-DF), bem como a sobrinha-neta de Machado de Assis, Maria Thereza Sombra, atual diretora executiva da Associação Nacional e Apoio aos Concursos (Anpac) e ex-secretária de Educação do Rio de Janeiro.



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