Homenagem a João Pacífico, o poeta do sertão


07/08/2009 22:04

Compartilhar:

Inezita Barroso <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/JOAOPACIFICOInezita Barroso.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Homenagem a João Pacífico<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/JOAOPACIFICOa.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/JOAOPACIFICOb.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> João Pacífico<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/joao pacifico.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Por iniciativa do deputado Marcos Martins (PT), ato solene nesta sexta-feira, 7/8, no auditório Franco Montoro, comemorou o centenário do poeta e compositor João Pacífico. Iniciando o evento, foi lida uma pequena biografia do artista.

João Pacífico, cujo nome de batismo era João Batista da Silva, nasceu em Cordeirópolis, no Estado de São Paulo, em 5 de agosto de 1909, neto de escravos. Desde cedo demonstrou interesse pelos versos e pela música, mas trabalhou em outras atividades, como copeiro na casa do bispo, em Campinas, funcionário da Companhia de Estradas de Ferro, na Sociedade Harmonia de Tênis e auxiliar de expedição do Banco Ítalo-Belga, ambos em São Paulo.

Considerado um dos maiores compositores da música caipira brasileira, com mais de 1.200 músicas, João Pacífico iniciou sua carreira artística em 1929, por meio do filho do dono da Rádio Educadora de Campinas, apelidado de Bimbim. Após interpretar a valsa Mimi, um sucesso da época, acompanhado por João Nogueira e José Figueiredo, dois mestres do violão, foi contratado e tornou-se presença constante na emissora. Mas foi em 1934, depois de um encontro com o poeta modernista Guilherme de Almeida, que João foi contratado para trabalhar na Rádio Cruzeiro do Sul, em São Paulo, onde conheceu seu mais importante parceiro musical, Raul Torres.

A embolada Seo João Nogueira, gravada pela primeira vez em 1934, na voz de João Pacífico e Torres, foi um grande sucesso. Gravaram juntos outras canções, entre elas, O Teu Retrato, O vizinho me Contou, Coroa de Estrelas e Foi no Romper da Aurora. Em 1937, Raul Torres foi para a gravadora RCA-Victor, onde gravou Chico Mulato, de Pacífico, que consagraria o compositor como um dos mais importantes de sua época. Em seguida viriam Cabocla Tereza, que foi gravada por numerosos artistas, como Tonico e Tinoco, Inezita Barroso e, posteriormente, por Chitãozinho e Chororó; e Pingo d"água, que rendeu um disco de ouro para o poeta de Cordeirópolis.

Em 1990, com a morte da mulher, Deda, e por problemas de saúde, mudou-se para o sítio Pirangi, em Guararema, onde passou seus últimos dias, "tomando uma cachacinha e ouvindo moda de viola". Em 2006, para eternizar a memória do poeta, Vilma Peramezza, também nascida em Cordeirópolis, criou a Casa de Cultura João Pacífico.No mesmo ano, foi inaugurado um teatro na cidade com a peça João Pacífico, o Poeta do Sertão.

Estiveram presentes à solenidade o deputado Marcos Martins, a cantora a apresentadora Inezita Barroso, a vereadora de Cordeirópolis Fátima Maria Celin, a representante da Casa da Cultura de Cordeirópolis Maria Aparecida Oliveira de Souza, a secretária municipal de Cordeirópolis Rita Sillman, e o chefe de gabinete da prefeitura de Osasco Luciano Lub.

O Grupo teatral Pingo d"água apresentou um show com diversas músicas do homenageado.

alesp