Comissão de Educação lança programa Compromisso Analfabetismo Zero


A Comissão de Educação, presidida pelo deputado Simão Pedro (PT), realizou nessa quinta-feira, 26/3, o lançamento do programa "Compromisso Analfabetismo Zero no Estado de São Paulo", que tem como objetivo principal criar oportunidades de alfabetização a todos jovens e adultos que não tiveram acesso ou permanência na educação fundamental. Foram 41 assinaturas de compromisso e quase 100 prefeituras representadas no evento.
O presidente da comissão destacou a importância de ouvir durante o evento as autoridades e os deputados envolvidos no assunto. O lançamento contou com a presença dos deputados Mauro Bragato (PSDB), Maria Lúcia Prandi (PT) e Carlos Giannazi (PSOL); dos professores Artur da Costa Neto, André Lázaro, Vera Paolillo (representante da Unesco) e Iara Bernardi (representante do MEC no Estado de São Paulo).
A deputada Maria Lúcia Prandi acredita que o lançamento foi um passo importante realizado pela Assembleia, através da Comissão de Educação. Segundo ela, "as prefeituras têm papel importante, mas não podem atuar sozinhas. Daí a importância do programa".
Para Mauro Bragato, o programa "é um desafio de todos nós", e se colocou à disposição para articular com todos os prefeitos da região de Presidente Prudente sobre as questões educacionais.
Para Carlos Giannazi, o programa apareceu em um momento de reflexão e balanço da Constituição Federal de 1988 que, segundo ele, já apresentava como um de seus objetivos a erradicação do analfabetismo. O deputado lamentou o não comparecimento do prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, e destacou a importância de cobrança para que o Poder Público construa uma política educacional com financiamento próprio e pare de transferir essa responsabilidade, que é governamental, para a sociedade.
O professor André Lázaro fez uma apresentação do programa através de dados e gráficos que mostraram a situação na educação do país, citando as regiões Norte e Nordeste como as com maior percentagem de analfabetos. A situação da região Sudeste, entretanto, não é cômoda. Nos últimos 20 anos, a taxa de analfabetos caiu de 21,1% para 5,4%, mas estabilizou-se desde 1999. Entre os negros de todo o país, os analfabetos somam 14%, contra 6,1% entre os brancos. Já a questão de gênero, segundo Lázaro, não é um problema grave quando se fala em educação.
O professor alertou ainda sobre os cuidados que devem ser tomados com a educação do adulto analfabeto. "Eles não podem se convencer de que são incapazes".
O evento teve ainda a participação da estudante Regiane, a primeira indígena a se formar em direito pela PUC. A estudante destacou a importância de uma maior iniciativa por parte do Estado para que os indígenas formados e aptos a lecionar tenham maior participação na educação do país. Já Cibele, aluna do curso de alfabetização de jovens e adultos, afirmou: "Não queremos um favor, queremos o que é nosso direito".
A professora Iara Bernardi destacou a importância de trabalho redobrado na segunda fase do programa, que consiste no acompanhamento dos municípios, e disse que se fosse prefeita, daria o salário mais alto para o alfabetizador que, segundo ela, não recebe o devido valor. De acordo com Iara, o programa não conta com a parceria da rede estadual de Educação.
Segundo a representante da Unesco, Vera Paolillo, o programa é contínuo e requer atenção especial. Para ela, é preciso valorizar o professor fornecendo ferramentas necessárias que atendam a diversidade cultural em que vivem. A representante finalizou citando Mário Quintana, que dizia que "cidadania é dar a todos o mesmo ponto de partida". Para ela, a alfabetização é a responsável por fazer de cada pessoa um cidadão. Para o professor, Artur da Costa Neto, dar educação é a forma mais eficiente de defender o direitos de cidadania. Segundo ele, há no país são 17 milhões de pessoas sem os 8 anos obrigatórios de escolaridade.
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