Nesta segunda-feira, 16/5, a Assembleia Legislativa recebeu o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, para falar sobre as ações de sua pasta. O presidente Barros Munhoz recepcionou o ministro e elogiou a iniciativa de se trazer ministros ao Parlamento, pois considera que uma de suas funções "é ser o elo entre a população e os poderes de Estado".

O deputado Vitor Sapienza (PPS), presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Informação, conduziu a reunião. Ele saudou a presença de Mercadante, e disse que através de seu ministério "será alavancado o desenvolvimento do país".

O deputado Enio Tatto, líder do PT, destacou que Mercadante é o terceiro ministro do governo Dilma, em dois meses, a comparecer na Assembleia para falar do trabalho de sua pasta. Edinho Silva (PT) disse que o Ministério da Ciência e Tecnologia "é o polo dos grandes investimentos internacionais no Brasil", que poderá desenvolver as regiões empobrecidas.

O deputado Pedro Bigardi, líder do PCdoB, informou ao ministro que é signatário da Proposta de Emenda à Constituição 9/2009, que pretende criar o Fundo Estadual para o Desenvolvimento Econômico e Social.



Desenvolvimento passa por ciência, tecnologia e informação, diz ministro



Durante a visita do ministro da Ciência e Tecnologia Aloizio Mercadante, os deputados tiveram oportunidade de expor seus pontos de vista sobre as políticas do ministério. Pedro Bigardi, líder do PCdoB, e Telma de Souza (PT) referiram-se aos recursos que virão da exploração do pré-sal. Bigardi lembra que a PEC 9/2009 visa a aplicação de 50% dos recursos do pré-sal para a educação, proteção ao meio ambiente e produção do conhecimento científico e tecnológico, através da criação do Fundo Estadual para o Desenvolvimento Econômico e Social.

A aplicação dos recursos do pré-sal para o desenvolvimento da Baixada Santista, e a preocupação com a qualificação dos jovens para trabalhar na área do petróleo foram expressas pela deputada Telma de Souza (PT).

Representantes de entidades ligadas à educação também puderam questionar ações da pasta e obtiveram respostas do ministro.



Planos do ministério



O ministro Aloizio Mercadante, após falar da recuperação econômica brasileira desde 1990, disse que o desafio para ampliar o desenvolvimento passa pelo eixo ciência, tecnologia e informação. Há grandes barreiras a serem superadas, que dependem justamente do avanço das pesquisas brasileiras, que ainda estão atreladas principalmente à iniciativa estatal.

É preciso investir mais em inovação tecnológica e, portanto, na educação. Vivemos num momento promissor, disse o ministro, "mas não podemos cometer o grave erro histórico de pulverizar os lucros do pré-sal e não os usarmos para o desenvolvimento do país", pois é uma "janela de oportunidade para um salto extraordinário na economia".

Em relação ao Estado de São Paulo, onde se concentram 53,4% dos grupos de pesquisa, o total aplicado de 2000 a 2010 foi de R$ 8,2 bilhões, o que representa um crescimento nominal de 321%. Estão aportando investimentos internacionais no Estado. Um exemplo é a empresa estatal chinesa de tecnologia ZTE Corporation, que será instalada em Hortolândia, onde investirá US$ 200 milhões e gerará 2 mil empregos.

Mercadante disse que o Estado de São Paulo "precisa olhar também para o interior, pois há esvaziamento demográfico no oeste e na região pobre do Vale do Ribeira. Para isso, ele sugeriu a criação do Fórum de Desenvolvimento Regional, para discutir as possibilidades de desenvolvimento em todas as macrorregiões do Estado. Participaram também da reunião os deputados João Paulo Rillo, João Antonio, Ana do Carmo, Carlos Grana, Antonio Mentor, José Zico Prado, Simão Pedro, Luiz Claudio Marcolino, Geraldo Cruz, Alencar Santana, Donisete Braga, Adriano Diogo (todos do PT), Beto Trícoli (PV), André do Prado (PR) e Olimpio Gomes (PDT). Estavam presentes os deputados federais Vicente Cândido e Newton Lima Neto, ambos do PT, além de prefeitos, vereadores e representantes de entidades.