Em 11/2, o programa Jornal da Cultura, exibido pela TV Cultura, teve como uma de suas pautas o trote estudantil, já que o Senado e a Assembleia paulista possuem projetos de lei que proíbem a prática e estabelecem punições. O telejornal apresentado por Maria Cristina Poli tem a proposta de ser analítico e conta com a participação de debatedores. Participaram da edição o cientista político Carlos Moraes e Sérgio Fausto, diretor do Instituto FHC.

A proposição que está em tramitação na casa é o Projeto de Lei 77/2009, de autoria do deputado Gilmaci Santos, líder do PRB, que proíbe o trote estudantil aos alunos que ingressam em cursos superiores de todo o Estado de São Paulo. O projeto determina que os dirigentes das instituições de ensino superior apliquem penalidades administrativas aos estudantes que praticarem o trote, incluindo a expulsão. "Todos os anos a mesma história se repete em diversas universidades brasileiras: alunos são expostos ao ridículo ou sofrem violência de "colegas" e tudo isso em nome de uma iniciação", disse Gilmaci.

O telejornal mostrou que enquanto a aprovação não sai, as universidades buscam alternativas. Na última semana, alunos da Fundação Getúlio Vargas foram garis por um dia. Além de limparem, eles recolheram óleo usado dos comerciantes e distribuíram panfletos e plantas. A edição relembrou ainda o caso do estudante de medicina que morreu na piscina da USP por causa de um trote violento. Após 12 anos, os quatro acusados continuam livres e sem julgamento. Para o cientista político Carlos Moraes, nem mesmo trotes como os praticados pelos alunos da FGV devem ser considerados bons. "Esse espirito de veterano dando troteem calouro é uma forma de submeter o outro".



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