A pintura de Nancy de Andrade Pinto é resultante de uma busca interior, peculiar e sofrida


O traço de Nancy de Andrade Pinto, uma certa violência no uso da cor e a maneira pela qual chega à imagem indicam de imediato uma aproximação da pintora ao expressionismo. O sentido desses elementos e da obra na sua totalidade é direcionado para dar a impressão psíquica de que, transportando sua idealização a uma zona mágica, o objeto perde a conotação direta.
Qual é a poética dessa artista? Ela entende que é exprimir a emoção que as coisas provocam quando, eliminados os controles e a vontade, estamos mais atentos e, portanto, indefesos à provocação. Nancy de Andrade Pinto procura colher a emoção meditada no estágio, pois quando essa já se tornou sombra na memória pode não exprimir a sua ressonância. Uma vez destacado de sua matriz material, o sentido se torna duradoura representação que nos transmite uma sensação de profundidade.
O mundo vive, hoje, uma desesperada angústia e a arte exprime esse sentido de desolação, alcançando, de um lado, posições assumidas e de outro, não. Nancy de Andrade Pinto adotou uma concepção metafísica e encantada para transmitir os seus sentimentos. A pintora cria imagens onde o mundo, como num vórtice, acalmada a agitação, deposita na matéria uma silenciosa poesia. Entre as malhas das cores, às vezes serpenteia um vazio claro, às vezes um escuro e nessa rachadura a imagem transmite sua alegria ou sua dor.
Pelo uso parcimonioso da cor, seus temas se transformam em verdadeiras variações líricas e constituem, em resumo, a busca contínua de sua alma. Entretanto, não podemos defini-la como figurativa nem como abstrata, mas é tanto uma como outra.
Na obra "Movimento Vida IV", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a pintura de Nancy de Andrade Pinto encontra uma característica de fundo na sensibilidade que provém de um dramatismo pessoal onde permanece sempre o espaço essencial e determinante do seu protagonista. Por conseqüência, através da busca de algo interior, peculiar e sofrido, sua pintura é tensa e amadurecida.
A artista
Nancy de Andrade Pinto, de nome artístico Flatea, nasceu em São João da Boa Vista, SP, em 1936. Autodidata, suas obras foram destacadas nos anuários Artes Plásticas Brasil (ed. 1995/1996/2000); Guide de l'Art le Sermadirras, Paris, França; Anuário Latino-Americano de Artes Plásticas; Projeto Brasil 500; Annuaire Salon des Independants, Paris, França; e Artistas Brasileiros Post Card, Anuário de Arte Brasileira.
Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas, destacando-se entre elas: VI Encontro das Comunidades Hellenicas da América Latina, no Rio Grande do Sul; Galeria de Arte do Club Athletico Paulistano, São Paulo, SP (1992); Festival Latino-Americano de Arona, Itália; Festival Latino-Americano, em Milão, Itália; Museu de Espírito Santo do Pinhal, SP; Espaço Cultural do Banco do Brasil, Mogi Guaçu, SP; Espaço Cultural Humberto Frediani, Pinacoteca Municipal de Amparo, SP (1993); Exposição de Pintura Ecológica na USP, São Paulo (1994); Galeria Alhambra, Santos, SP; Espaço Cultural Rosa Cruz, São Paulo (1995); International Brazilian Fines Arts, New York, Estados Unidos; Galeria de Arte CCBEU, Santos, SP (1996); II Salão de Interclubes Belas Artes, São Paulo; Fundação Barretos, SP; Galeria de Arte da Imprensa Oficial do Estado, São Paulo (1997); XII Congresso das Comunidades Ortodoxas Gregas da América Latina, São Paulo, SP; Galerie Everarts, Paris, França (1998); I Salão Internacional de São Paulo de Arte Contemporânea; I Expo Brasil, México World Trade Center, México; Anuário Latino-Americano de Artes Plásticas de Montevidéu, Uruguai (1999); Salão Vip Aeroporto Internacional de Cumbica, Guarulhos, SP; Casa de Cultura CAOA, São Paulo (2000); Foire de Caen, Normandia, França; Mergulho Cultural Athenas, Rhodes, Grécia; Salão de Cultura e Arte Campos do Jordão, SP (2001); Centro Cultural da Marinha, São Paulo; Casa Grande Hotel, Arte Grega, Guarujá, SP; Galeria de Arte Canadá, São Paulo (2002); Centro de Convenções Rebouças, São Paulo (2003).
Além do acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, diversas coleções particulares do Brasil, Portugal, Alemanha, França, Estados Unidos, Índia, Peru, México e Grécia possuem suas obras, as quais foram premiadas em inúmeros salões concursos e galerias de arte.
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