Angelika Altmann estabelece um diálogo romântico e emocional com os mistérios da natureza
Formando-se na escola do abstracionismo, Angelika Altmann traz de tal experiência a propensão de exaltar a função das cores no atual e parcial reencontro com a realidade. Seus quadros não contam situações externas, mas tendem a exaltar pessoais conteúdos líricos provenientes de composições lineares e de valores cromáticos que, reagrupando-se em zonas, evocam imagens embrionárias e primogênitas.
Um sutil tormento psicológico é a matriz de onde tomam forma e substancia os vários momentos de um diário intimo que se exprime através da sugestão das cores. Às vezes, elas se liberam puras e vibrantes, mas outras vezes se adensam ou se evaporam quase prisioneiras de tramas de linhas sombrias.
Suas telas refletem um especial interesse pela pincelada vivaz, rápida e mordente, enquanto o todo parece permanecer paralisado. Substancialmente sua pintura encontra uma caracterização de fundo na sensibilidade que sobressai do dramatismo e permanece no espaço essencial e determinante de seu protagonista.
A artista consegue traduzir um cromatismo mais abstrato e racional na continuidade quase mística de suas composições. Nessa exuberante decomposição de toda referência narrativo-figurativa, a cor envolve o trabalho da artista numa multiplicidade de gestos e atos, resultantes da emoção experimentada com a profunda reflexão de uma pesquisa mental na construção da composição dos elementos.
Felicidade nos impastes, fusão e transparência de cores, morbidez e clareza atmosférica aparecem como a síntese da composição na matéria pictórica. O elemento unificador de sua obra não é fácil de ser definido, pois aparenta uma abstração. Entretanto, pode-se dizer que é a vitalidade o conjunto de forças que mantém em tensão a forma e lhe transmite um sentido de espontaneidade, quase uma repercussão do inconsciente e uma forte emergência existencial.
Em contraste com tudo isso, a imagem é formada através de uma longa meditação, um lento deposito de matéria. As emoções de Angelika Altmann provêm, todas ou quase todas, da paisagem. Dizemos paisagem, mas não existe nada de menos paisagístico, de menos tradicional.
O tríptico "Transformação Cósmica", doado ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, reflete o modo de olhar e captar as emoções da artista e nos transmite sua relação com o mundo. Trata-se de um diálogo entre a sua presença e os mistérios da natureza de substância profundamente romântica.
A artista
Angelika Altmann nasceu em Dresden (Alemanha), em 1929. Transferiu-se para o Brasil em 1951 e naturalizou-se brasileira. Entre 1963 e 1967, cursou cerâmica com o professor João Rossi e escultura com Caciporé Torres, na Fundação Armando Alvares Penteado, em São Paulo. Em 1970, iniciou pintura com Waldemar da Costa e estudos de pintura com Antônio Vitor.
Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas, destacando-se entre elas: Anual de Artes Plásticas da FAAP (1966); XVI Salão Paulista de Arte Moderna (1967); 1º Salão de Arte Contemporânea de Santo André e Salão Arte Contemporânea de São Bernardo (1968); Salão Paulista de Arte Moderna, Salão de Arte Contemporânea de Santo André e Salão de Arte Contemporânea de Campinas (1969); "Homenagem a Waldemar da Costa", "Arte Teuto-Brasileira" e Salão Nacional de Artes Plásticas Santos Dumont (1974); "Themas e Artistas", na Aliança Francesa (1980); Galeria Itaú, em São Paulo, e Espaço de Artes Visuais, de Rio Claro (1982); Espaço dos Imigrantes, Bienal de São Paulo (1985); Nacne, Prêmio Brasil Contemporâneo (1987); Pintura brasileira no Nacional Art Museum, Pequim (1988); Galeria Lygia Jafet e Museu de Arte Contemporânea, São Paulo (1995); Casa da Cultura de Minas Gerais (1996); Casa de Cultura da Marinha, São Paulo (1999); Club Transatlântico, São Paulo, e Salão Arte Mulher (2000); Salão Cotidiano e Imaginário, Espaço Caixa Econômica Federal, São Paulo (2001); Integração Brasil 2002, Maceió; e Integração Brasil 2002, Circuito Nacional.
No decorrer desses anos, recebeu inúmeros prêmios, medalhas, menções honrosas e distinções, e suas obras encontram-se em coleções particulares no Brasil e no exterior e no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.
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