Um naturalismo simples e encantador constituem a nota dominante de suas obras, tecnicamente perfeitas, sempre ligadas a um tema de profunda serenidade, longe de qualquer elo com experiências modernas, animado de uma profunda sugestão para as coisas belas e do Criador.

Tônia Parreira transforma o mundo na natureza que ela pinta. As flores passam a ser a metamorfose do ser humano, na sua essência efêmera e na necessidade de ter raízes para atingir a vida. Seu processo impressionístico - cujos acentos bem demonstram abertamente a inata disposição da artista em não trair a substância e a razão da imagem natural

Sua comunicação visual é confiada também à poesia da cor, que exalta a sublime tensão e um coordenado sentido de disciplina do tecido. Pintura instintiva, seus quadros possuem uma visão real e agradável. Sua palheta, rica de cores. Sua fantasia na composição vai além do tradicional, suas flores são criadas e inspiradas num mundo de doce primavera e transmitem paz.

A cor distendida, o timbre não aproximativo, a pesquisa dos espaços, são elementos que Tônia Parreira utiliza na sua plenitude, sem que a artista force a mão sobre tons convencionais, mas colhendo antes a íntima essência da composição floral.

As composições de Tônia Parreira são criadas com verdadeira elegância, num contexto de cromias alegres e envolventes. Suas flores vivem uma intensa palpitação, uma atmosfera simples e serena, como na obra Floral Natureza Morta, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, parecem versos comoventes, tal a poesia interior que delas filtra esteticamente.



A artista



Tônia Parreira nasceu na cidade de Araraquara. Desde 1965 reside no Rio de Janeiro. Em 1990 iniciou sua carreira artística passando por vários ateliers de renomados artistas como Ruth Corrêa, Roberto Gonçalves e Bernardii. Onde amadureceu sua obra e seus conhecimentos. Em março de 2000, foi convidada junto com diversos artistas a fazer parte da "Calçada da Fama", projeto idealizado por Marly Faro.

Participou de diversas exposições, individuais e coletivas, destacando-se entre elas: Espaço Cultural do Banco do Brasil, RJ (1993); Galeria S. Pint. Cont. Brasil, SP; Galeria Marly Faro (1997); "Luz e Cor", Gaudi Luz e Arte, SP; Galeria de Art Vie, SP (1998); "Viagem Internacional", Clube Naval, RJ; "Bresil Contemporain", L' Espace Richelieu, Paris França; Projeto Brasil Contemporâneo, Centro Rebouças (1999); AMAIS Espaço Cultural, RJ Espaço Cultural Caixa Econômica Federal, SP; "7 Caminhos", Galeria Nini Barontini, PR; Academia Brasileira de Arte, RJ (2000); Escola de Guerra Naval; Galeria Sette e Zucheratto, BH, MG; "O Rio Babaçu", Salão Babaçu, Terezina, PI e "Tempo de Primavera", Galeria da EMERJ, RJ (2001); Variart, Galeria Shopping Penedo, RJ; "4 Olhares diferentes", Modern Sound, RJ (2002).

Por suas qualidades recebeu diversas distinções, medalhas de ouro e de prata e viagens internacionais. Possui obras em diversas coleções particulares e oficias na França, Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.