Audiência pública discute desapropriação para expansão do Metrô


24/09/2009 21:20

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Lygia Horta e Carlos Giannazi <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2009/METROLILASLIGIAHORTAEGIANNAZIMAC 07.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Moradores e comerciantes dos bairros e locais adjacentes <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2009/METROLILASGEERALMAC 10.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Os moradores e comerciantes dos bairros e locais adjacentes em que haverá a expansão da Linha 5-Lilás do Metrô (trecho Adolfo Pinheiro-Chácara Klabin) foram recebidos no plenário José Bonifácio da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira, 23/9, pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL), autor do convite feito à população envolvida para que houvesse um amplo debate sobre as condições em que estão sendo implementadas as medidas para a execução das obras previstas. À mesa também estavam o advogado Luiz Eduardo Cardia, presidente da Associação dos Moradores do Jardim Novo Mundo (AMJA), Lygia Horta, que preside a Associação dos Moradores e Amigos de Moema, e Edwaldo Sarmento, presidente da Associação dos Moradores do Entorno do Aeroporto de Congonhas (AMEA).

Os principais objetivos do encontro foram discutir e estabelecer algumas ações para que a população possa pleitear junto ao Metrô um diálogo efetivo, já que a empresa está sendo acusada pelos futuros desapropriados de não ouvir as reivindicações quanto ao processo de escolha dos locais de intervenção urbana (canteiros de obras) e consequentes desapropriações.

Para Giannazi, o Metrô continua desrespeitando os moradores desapropriados ao lhes negar informações, além de sinalizar, por meio de comunicados, que não irá pagar as indenizações conforme havia prometido às pessoas afetadas pela obra, referenciando os valores dos imóveis a preço fora de mercado.



Relatos

A comerciante Karla Montenegro de Menezes manifestou sua preocupação com a situação vivida. Ela reside e é proprietária de uma loja de roupas femininas em Moema há cerca de 15 anos, na qual emprega cinco funcionários. A moradora reclama que a falta de informação prejudica muito a sua atividade comercial e a impede de planejar seu negócio. Sua loja está na região da futura estação próxima ao Shoppping Ibirapuera. "Falta diálogo", diz Karla, que alega ter recebido um comunicado do Metrô há cerca de cinco meses e, de lá pra cá, não obteve mais nenhuma informação.

Entre outras manifestações, moradores e empresários, que vivem situação similar à da comerciante, questionaram a forma como a intervenção urbana vem sendo feita pela companhia de transportes. Todos, entretanto, declararam-se a favor da expansão do transporte público na cidade. Giannazi destacou ser o Metrô importante e necessário: "Isso é consenso, e é dever do Estado investir em transporte de massa para a população, mas há de se buscar minimizar os danos às pessoas diretamente afetadas pelas suas obras."

O parlamentar informou que deverá em breve participar de uma nova reunião com a presidência do Metrô, juntamente com os moradores e comerciantes desapropriados. Na ocasião, Giannazi promete indagar da companhia detalhes sobre a forma como que vem sendo conduzida a questão, além de pedir explicações sobre a citação, feita pelo representante da AMJA, de que não haveria ainda um relatório de impacto ambiental para a obra. O deputado não descarta acionar o Ministério Público Estadual quanto ao problema, por intermédio de uma representação.

alesp