Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Fábio Haibara


28/09/2010 14:03

Compartilhar:

Fábio Haibara<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2010/Fabio Haibara.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

As "naturezas mortas" de Fábio Haibara são uma obra aberta à natureza viva da terra.



Embora não aceite tão-somente a lição do passado, mas deseja re-propor uma atualização crítica revivida, o artista Fábio Haibara se enquadra perfeitamente na tradição pictórica.



A maioria dos pintores que se dedicam ao gênero de "naturezas mortas", deixam muitas vezes de lado o espetáculo natural, o que não é o caso desse artista, que se concentra nas composições e quase, por encanto, colhe a poesia das coisas simples que o homem tem tendência a esquecer com extrema facilidade.



Encontramo-nos frente a uma obra realista, caracterizada por uma cor densa e forte e por uma justaposição de enérgicas distribuições tonais, onde um elemento fantástico intervém para transfigurar a visão, personificando-a. Esse elemento não pode ser que a luminosidade.



Trata-se de uma luz não propriamente natural, mas interpretada por Fábio Haibara como um recurso ambiental e cenográfico que contrasta com a atmosfera levemente velada, onde costumeiramente ele próprio pinta.



Da melancolia que invadem certas suas composições, o artista consegue reanimá-las, transferindo-a sobre a tela dentro de um prisma onde a íris decompõe a luz em diferentes cromatismos. Para o pintor, o esforço de iniciar uma nova obra, consiste em exprimir a simplicidade das cores, respeitando as regras da verdadeira pintura.



Na obra "Literatura de Cordel", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, sua pintura não é a encarnação de cenas imaginárias ou a projeção externa de sonhos, mas um estudo preciso do que realmente aparece. Mais que um estudo, é uma obra aberta à natureza viva da terra.



O artista



Fábio Haibara, pseudônimo artístico de Fábio Siqueira Haibara, nasceu em São Paulo em 1966. Desde muito jovem se interessou pelo desenho e pela pintura e a partir de 1986, passou a se dedicar ao gênero da natureza morta, pelas formas e volumes e pelo claro e escuro.



Estudou desenho com José Simeone, pintura a óleo com Osvaldo Viviane e Daniel Terto Marcedes, e cor e composição com Eduardo Ostergreen e Euclides Rios.



Desde o ano 2000 sua obra tem sido premiada com medalhas de ouro no 33º Salão da Primavera (2002), 12º Salão da Natureza Morta (2004); com medalhas de prata no 10º, 14º e 15º Salão de Natureza Morta (2002, 2006, 2007), 54º Salão Paulista de Belas Artes (2003) e 63º Salão Livre (2005).



Recebeu o prêmio de aquisição da Secretaria da Cultura no 51º Salão Paulista de Belas Artes (2000) e o Prêmio de Aquisição da Assembléia Legislativa do 52º Salão Paulista de Belas Artes (2001).



Possui obras em inúmeras coleções particulares, oficiais e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp