Vibração lúdica e prazer experimental na percepção visual e geométrica de Mario Brandão


Os quadros de Mario Brandão são quase sempre de grandes dimensões. Dois metros constituem um tamanho proporcional alcançável pelo braço humano. É uma escala suficiente onde eventuais distrações de figuras geométricas, sejam mais finas ou sutis, são difíceis de serem descobertas.
As obras desse artista são o resultado da combinação de duas ou três figuras geométricas divididas. Uma é externa e constitui o perímetro do quadro, a outra é interna.
Se o espectador segue com os olhos a borda do quadro, os pontos de encontro entre o traçado interno e os limites da superfície se tornam variações e mutações ao longo de um itinerário visual que serve de apoio à percepção do todo.
A cor é aplicada com um rolo de pintar para que a superfície permaneça anônima. As cores são escolhidas de tal maneira para que tenham o justo contraste com as linhas a fim de possibilitar uma identidade à superfície. Elas não derivam nem de razões de gosto, nem de teorias cromáticas.
Mario Brandão está interessado nos fundamentos da linguagem pictórica, nos problemas da percepção visual e na geometria de Euclides, cuja perfeição ele distorce.
A geometria em si mesma, com sua bagagem de associações lógicas e históricas, transforma-se em suas mãos como um "readymade" retificado, fórmula, aliás, inventada por Marcel Duchamp para descrever objetos por ele encontrados e retocados através do acréscimo de alguma coisa.
Concordamos com o professor Álvaro Machado quando ele afirma: "À proposta neoconcretista de expansão da obra no espaço, Mario Brandão dá-se liberdade de conjugar, ainda, certa estesia cinética e fértil tradição ótica sul-americana. Para tanto, serve-se de um minimalismo de formas básicas combinadas em possibilidades infinitas, como nas cirandas atômicas da física moderna e suas premissas de dimensões filosóficas".
Salvo melhor juízo " como diriam os juristas ", um dos fatores de sua pintura que Mario Brandão mais valoriza é a economia de meios. Assim é a obra "Ciranda número quatro", doada ao Acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, onde combina vibração lúdica e prazer experimental.
O Artista
Mario Brandão, nasceu em 1970, na cidade de Araraquara. Formou-se arquiteto pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo em 1995. Realizou cursos de pintura a óleo com Origenes Ribeiro (1981 e 1982) e com Regina Gandini (1983); linguagem arquitetônica com o professor Rondino (1989); pintura acrílica com Luiz R. Lopreto (1992 a 1994); pintura a óleo na School of Visual Arts, Nova York, Estados Unidos (1996); técnicas de pintura com o artista Ubirajara Ribeiro (1997) e história da arte no Instituto Moreira Sales, São Paulo (2001).
Participou de diversas exposições, destacando-se entre elas: Café Columbia, São Paulo (1994); Casa de Cultura de Matão (1995); "International Salon", Galeria Ward-Nasse Nova York, Estados Unidos; "Mapa Cultural do Estado de São Paulo" (1996); XII Salão de Artes Plásticas de Araraquara (1998); "Paisagens Internas", Araraquara, (1998); Senac de Campos do Jordão (2001); "Ciranda" na Galeria Mercúrio, São Paulo (2003).
Foi selecionado também para participar da I Bienal de Humor de Natal, RN (1996); do "Projeto Arte na Rua" (murais) em Matão (1997 e 1998); executou trabalhos de pó de vidro tingido para a procissão de Corpus Christi em Matão (1997,1998 e 1999) e Mundo Mix, São Paulo (2001).
Possui obras em diversas coleções particulares do Brasil e dos Estados Unidos e notadamente no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.
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