Carolina Engler descobre através da lente a poesia e o romantismo de uma oficina de ferreiro







Definir-se fotógrafo foi durante muito tempo elemento suficiente para considerar o indivíduo como puro intermediário do aparelho fotográfico, empenhado em restituir a realidade da maneira mais fiel e documental possível. Filiberto Menna, conhecido organizador de mostras fotográficas na Itália, afirma que: "A representação fotográfica é usada como isca, um alçapão para capturar nada mais do que é real, mas a atenção do observador é impregná-la num processo de reflexão crítica sobre a arte e sobre a linguagem da arte."
Através de uma busca incessante, Carolina Engler conseguiu visualizar, numa série de instantâneos, a beleza de uma oficina de ferreiro na cidade de Joaquim Egídio, no interior paulista. Seu objetivo não era retratar as condições de trabalho nem o homem trabalhando; tanto que em nenhuma das fotos apresentadas aparece o "personagem ferreiro".
Esse trabalho não chega a ser documental: o que guiou seu desenvolvimento foi a luz e a sombra, a procura pelos contrastes extremos e pela penumbra. Ele procurou abordar o ambiente da oficina, cheia de áreas de penumbra, ferramentas e apetrechos que, quando trabalhados em preto e branco, possuem uma riqueza de texturas e tons cinza-escuros que são de sua preferência.
Não há dúvida que parte do charme do ensaio Lírica Oficina, doado ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, se deve ao fato de ter sido realizado no ambiente de trabalho de um artesão, que se dedica a um ofício secular. Mas é claro, também, que o inusitado não passou despercebido, como por exemplo o brinquedo infantil abandonado no meio da oficina. Enfim, no jogo quase dramático do preto, do branco e dos meios tons, existe uma realidade romântica, onde a poesia se difunde no espaço usado outrora no labor dos imigrantes italianos.
A artista
Carolina Engler nasceu no Rio de Janeiro em 1973. Fotógrafa e antropóloga, formou-se em antropologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). De 1992 a 1995, realizou um estudo aprofundado de fotografia com Fábio Fantazzini. Participou de um workshop de fotografia " Campinas 220 " promovido pelo Instituto Cultural Itaú e ministrado por Rubens Fernandes Júnior, em 1994. De 1995 a 1996, freqüentou o atelier de Francisco Biojone e, em 1996, a Oficina de Still-Life, promovida pelo Núcleo de Fotografia de Campinas e ministrada por Tácito de Carvalho e Silva. Em 2002, participou do workshop Fotografia como Suporte na Construção da Linguagem, ministrado pelo artista plástico Rogério Gomes.
Participou das seguintes exposições coletivas: I Mostra Contemporânea de Fotografia de Campinas e Região do Instituto Cultural Itaú; Mostra itinerante organizada pelo Centro de Informática e Cultura II, Instituto Cultural Itaú (1993); Itaú Galeria, São Paulo; Prefeitura Municipal de Cascavel; Mostra de fotografia Campinas 220, resultado do workshop promovido pelo Instituto Cultural Itaú (1994); Fotógrafos de Campinas " I Semana de Fotografia de Campinas; Centro de Convivência Cultural (1996); Mostra Campinas!, Senac (1997); O Preto, o Branco, as Cores, Núcleo de Fotografia de Campinas; Centro de Convivência Cultural (1997); Shopping Center Iguatemi (1998); Mostra II Prêmio Jovem Revelação de Artes Plásticas de Americana; Noite, Núcleo de Fotografia de Campinas; Centro de Convivência Cultural; Olhares sobre o Envelhecer, Shopping Market Place (1999); IX Salão Paulista de Arte Contemporânea, Estação Júlio Prestes; II Bienal de Artes Visuais de São João da Boa Vista, Espaço Cultural Fernando Arrigucci (2000); Lembranças do Século XX, Centro Cultural Evolução; Caros Amigos, Galeria Cromo; e Sentidos, Núcleo de Fotografia de Campinas, Centro de Convivência Cultural (2001).
Realizou diversas exposições individuais com destaque: Galeria de Arte da Alliança Francesa, Campinas (1994); Centro Cultural Municipal de Limeira (1995); Signos, Significantes e Significados, Centro Cultural Losango Cáqui, Campinas (1997); Além-Mar, Galeria Cromo (1999); Brás Ilha, Gran Via Café (2000); e Corpus, Piola (2001).
Recebeu a Medalha Carlos Gomes e primeiro lugar no concurso O Olhar da Mulher sobre Campinas (2002). Suas obras encontram-se em diversas coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.
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