Em reunião informal, Comissão de Educação debate violência nas escolas


Devido à falta de quórum, a Comissão de Educação da Assembléia, presidida pelo deputado Simão Pedro (PT), realizou nesta quarta-feira, 19/11, em caráter informal, uma reunião para debater com especialistas da área educacional o problema da violência nas escolas da rede pública estadual. O que motivou o debate, conforme explicou Simão Pedro, foi a rebelião acontecida semana passada na EE Amadeu Amaral, na zona Leste da cidade.
Com as presenças dos deputados Maria Lúcia Prandi (PT) e Carlos Giannazi (PSOL), o presidente da comissão lamentou que recentes pesquisas indicam que 82% das escolas da rede pública de ensino registraram problemas com violência. "Acho que a comissão, de alguma forma, pode buscar alternativas para melhorar esse fenômeno", comentou Pedro.
Maria Lúcia Prandi ressaltou que a violência faz parte do cotidiano das escolas, mas somente alguns casos, como o da escola Amadeu Amaral, são divulgados pela mídia. "Por diversas vezes o tema foi debatido na comissão e a Secretaria de Educação, que não se posiciona para criar uma política diferenciada, nesses casos chama a polícia e remove os alunos." A parlamentar, que também é da área educacional, apelou à secretaria da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, para que ouça os profissionais da área e reconheça a realidade do sistema.
Lamentando a ausência de parlamentares da base governista, Carlos Giannazi lembra que o líder do governo na Assembléia, Barros Munhoz (PSDB), esteve na escola Amadeu Amaral no mesmo dia que os membros da Comissão de Educação. "A discussão é séria e a questão da violência nas escolas foi denunciada à exaustão. Não existe receita mágica para isso. Basta fazer a lição de casa."
O deputado informou que teve dificuldade para entrar na escola. "Tive de ameaçar chamar a Polícia Militar. Ainda assim, quando entrei, os funcionários eram impedidos de falar devido à presença da assessoria da Secretaria da Educação, que fez uma operação abafa."
Mesmo com as dificuldades, o parlamentar disse que tirou fotografias e conversou, longe do local, com alguns funcionários da escola. "Percebi que a escola já estava degradada antes mesmo do ocorrido. A escola tem sérias restrições materiais e humanas. É tudo muito precário." Giannazi apresentou à comissão requerimento convidando a diretoria da escola Amadeu Amaral e a secretária da Educação para falar sobre o episódio.
Francisco de Assis Ferreira, da Secretaria de Legislação e Defesa dos Associados do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial Estado de São Paulo (Apeoesp), também lamentou a falta de atenção da secretaria frente ao problema. Ele confirmou que os funcionários das escolas são impedidos de falar sobre a realidade do sistema e declarou: "A secretária da Educação ignora as pesquisas que confirmam a violência nas escolas. Ela diz que o público pesquisado é muito limitado para apontar o tamanho do problema."
Conforme Ferreira, a Apeoesp entrevistou mais de 860 professores sobre o tema. O resultado foi que 87% dos professores já souberam de algum caso de violência nas escolas, 93% relataram que a violência têm origem entre os alunos e 46% disseram conhecer casos de alunos que portavam arma nas salas de aula.
Assis enfatizou que há interesse por parte das associações em apresentar propostas, mas o governo não debate com a sociedade os problemas da educação. O representante da Apeoesp informou que a remuneração inicial dos professores é, em média, de R$ 6 por aula. Ele também confirmou que o quebra-quebra na escola da zona leste não foi um fato isolado.
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