Morre o ex-deputado Néfi Tales
23/06/2003 20:00

DA REDAÇÃO
Faleceu na sexta-feira, 20/6, no Hospital Panamericano, na capital paulista, o ex-presidente da Assembléia Legislativa Néfi Tales. Ele havia sofrido um derrame cerebral, estava internado há duas semanas e seu quadro de saúde se agravou, sendo vitimado por insuficiência renal.
Nascido na cidade de Guará, Estado de São Paulo, em 22 de abril de 1938, fez o curso primário em Ribeirão Preto e o ginasial em Morro Agudo e Orlândia. Formado na Escola Normal e em Aperfeiçoamento de Professores, transferiu-se para Guarulhos em 1960, onde trabalhou como professor na rede estadual de ensino, lecionando no Liceu Brasil, no Grupo Escolar Jardim Vila Galvão e nos Ginásios de Gopouva, Torres Tibagi, Jardim Tranqüilidade e na Escola Monteiro Lobato, além de ter sido professor de Psicologia Educacional do IEE, hoje EEPSG, Conselheiro Crispiniano. Chegou a diretor desse estabelecimento de ensino, e também dos ginásios de Ponte Grande e Gopouva.
Lecionou também Psicologia Educacional, em nível Superior, nas Faculdades Integradas de Guarulhos. Era formado em Direito pela Faculdade do Sul de Minas - Pouso Alegre, e em Pedagogia pela Universidade de São Paulo - USP. Fundador do MDB, nas eleições de 15 de novembro de 1968 iniciou sua vida política, sendo eleito vereador à Câmara Municipal de Guarulhos (1969/73), onde foi presidente da Comissão de Educação e membro da Comissão de Bolsas de Estudo.
Em 15/11/1974 foi eleito pelo MDB, com 26.928 votos, deputado estadual à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, para a 8ª Legislatura (1975/79), quando ocupou a presidência da Comissão de Educação. Nesse período apresentou um programa na rádio de Guarulhos sobre música popular brasileira. Em 15/11/1976, candidatou-se e foi eleito prefeito do Município de Guarulhos com 49.741 votos. Deixando a ALESP, foi empossado em 19/2/1977, exerceu o cargo até 13/5/1982, quando desincompatibilizou-se para concorrer novamente à Assembléia Legislativa nas eleições de 15/11/1982. Eleito para a 10ª legislatura, com 107.370 votos, o segundo mais votado do PMDB, partido do qual foi também um dos fundadores, tomou posse como deputado estadual em 15/3/1983.
Eleito presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo para o biênio 1983/85, assumiu interinamente, em 2 e 3 de março de 1985, o cargo de governador do Estado, quando da viagem de André Franco Montoro para o exterior. Coube ao presidente Néfi Tales o voto de desempate (42 x 42) que elegeu Mário Covas prefeito do Município de São Paulo em 1985. Foi reeleito com 55.544 votos, em 15/11/1986, para a 11ª Legislatura. Constituinte em 1989, transferiu-se para o PRN, sendo líder do partido na ALESP. Candidatou-se novamente para a Assembléia Legislativa em 3/10/1990 pelo PRN. Em 3/10/1994, conseguiu apenas uma suplência pelo PTB.
No pleito de 3/10/1996, foi eleito pelo PDT novamente prefeito do Município de Guarulhos, com 277.835 votos e, em 1º/01/1997, tomou posse no cargo. Em 15/9/1998, foi afastado do cargo pela Justiça, tendo assumido o vice-prefeito Jovino Cândido da Silva, do PV. Teve, a seguir, o mandato cassado pela Câmara Municipal. Posteriormente, por ordem judicial, foi preso em 15/3/2000. Por decisão do Tribunal de Justiça, foi libertado por concessão de habeas corpus. No último pleito municipal, em' 1º/10/2000, concorreu, pelo PST, novamente ao cargo de prefeito de Guarulhos, não logrando êxito.
Seu corpo foi velado na Câmara Municipal de Guarulhos e sepultado no Cemitério São Judas Tadeu no dia 21 de junho de 2003, sendo seu esquife conduzido em viatura do Corpo de Bombeiros.
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