Assembléia Popular


31/08/2007 18:50

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Josanias Castanha Braga <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/ASS POP Josanias Castanha Braga.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Rosângela Veiga de Silva <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/ASS POPRosangela Veiga de Silva (1).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Clóvis de Oliveira <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/ASS POP clovis de oliveira01.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José das Mercês<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/ASS POP Jose das Merces (4).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Darcy Rosa dos Reis <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/ASS POP darcy rosa dos reis02.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Silvio Luiz <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/ASS POP silvio luiz01.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Carro atolado

Darcy Rosa dos Reis, representante de Diversos Setores Carentes, comparou o país a um carro atolado no barro, "girando, girando, que não sai do lugar". Ela afirma que o político brasileiro está engessado, num sistema que precisa ser mudado. "Nossos políticos temem perder o eleitorado se mudarem", afirmou. Darcy condenou a miséria em que vive o país, afirmando que "é impossível ter auto-estima se não se tem onde morar".

Ministério Público

José Roberto Alves da Silva, do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública (COEP), criticou a diretriz que o Ministério Público tomou nos processos envolvendo promotores públicos. Citou o caso do promotor, acusado de matar um jovem na Baixada Santista, que, licenciado, continua recebendo dez mil reais por mês. Para ele, também é incorreta a conduta do MP no julgamento do "mensalão".

Extinção de partidos políticos

Rubens Barros Vidigal, representante da Cidade Tiradentes, acusou o Estado de não fazer cumprir os direitos do cidadão garantidos na Declaração dos Direitos Humanos, principalmente para as crianças. Citou a presença de muitas crianças nas ruas da capital e de muitas cidades do interior paulista, em áreas de risco e em estado de total carência. Vidigal pediu a extinção de todos os partidos políticos, denunciando a morosidade dos políticos, especialmente para a aprovação de uma lei. Finalizou sua participação declarando "fora os corruptos, todos, fora juízes, senadores e deputados!"

Governadores do PSDB

Para Clóvis de Oliveira, da Associação dos Funcionários Civis e Militares do Brasil (ASBRA), a pior política para o funcionário público foi a dos governos do PSDB. "Parece que têm raiva do aposentado, do funcionário público", afirmou. Ele se referiu a uma pesquisa da Associação da Polícia Militar sobre os governadores do Estado de São Paulo, na qual cita a posição dos governadores, desde Laudo Natel, passando por Franco Montoro " "que foi bom" para o funcionalismo " até José Serra, "um omisso".

Inclusão dos segregados

Ricardo Monteiro Souza, o Mandella, da Abam e Diga Brasil Movimento Negro, apontou que os nordestinos que moram em São Paulo não têm representantes suficientes nos três poderes para que se faça justiça. Para ele, a maioria dos desempregados é de nordestinos e negros que não têm nenhuma garantia do poder público e estão abandonados e sem perspectivas. Mandella salientou a importância da formação de cidadãos conscientes que possam lutar pela causa dos menos favorecidos e não fiquem inertes diante das injustiças sociais. A necessidade de inclusão dos segregados foi sua principal reivindicação.

Estado criminoso

Sílvio Luiz Del Giudice, líder dos moradores do Jardim Tremembé, afirmou que São Paulo é a capital do crime. "Crime que foi sustentado por Fernando Henrique Cardoso por oito anos", acrescentou. Segundo Del Giudice, os neoliberais se uniram aos três poderes para "fingirem" que não cometeram crimes, como o sucateamento do Estado, as privatizações etc. Citou também denúncia de assessor do vereador João Antônio, segundo a qual, assessores parlamentares são obrigados a entregar grande parte de seus salários aos vereadores. Conforme a denúncia, esta mesma prática ocorre na Assembléia Legislativa.

Governos mendigos

Robson César Correia de Mendonça, do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua em São Paulo, convidou todos a participarem de audiência pública que ocorrerá na Câmara dos Vereadores no dia 4/9, às 13h, sobre a Lei 12.316 que dá dignidade ao morador de rua. Segundo Robson, a lei, que está em vigor há dez anos, nunca foi cumprida. "Os verdadeiros mendigos são os governos municipal e estadual que mendigam verbas no exterior para sustentar a pobreza". Destacou a situação de degradação em que se encontram a saúde e a educação no Estado e os pobres que perdem seus lares e são obrigados a morar nas ruas, ficando sem nenhum apoio graças à omissão do governo.

Verdadeira democracia

Maria Lima Matos, do Movimento de Mulheres em Defesa da Vida e delegada de polícia aposentada, parabenizou os deputados da Assembléia Legislativa, Vaz de Lima (PSDB), Donisete Braga (PT) e Enio Tatto (PT), por estarem trabalhando junto ao governo Lula no sentido de expandirem a TV aberta. "Estes são os verdadeiros democratas", opinou. Criticou o governo Serra que, segundo ela, é a "vergonha da democracia" e só respeita os direitos dos ricos e poderosos. Citou como exemplo a praia de Pernambuco, no Guarujá, que tem viaturas de polícia para protegerem os ricos moradores, enquanto os catadores de latas da cidade não têm direito algum.

Políticas públicas mais adequadas

Para José das Mercês de Freitas, da Associação dos Moradores de Vanguarda do Jardim Icaraí, as políticas públicas não contemplam as questões de saúde, moradia, transportes, problemas com as drogas e educação no Estado de São Paulo. Alunos não conseguem nem freqüentar as escolas públicas, pois falta água. Faltam empregos para os imigrantes nordestinos: quando chegam em São Paulo para melhorar o padrão de vida se deparam com a dura realidade de ter que morar sob os viadutos.



Situação de risco nas escolas

A representante do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (Napa), Cremilda Estella Teixeira, vem mais uma vez reclamar do descaso das autoridades com o bem-estar dos alunos de escolas públicas. "Na semana passada não havia socorro para uma aluna de seis anos de idade. A Polícia Militar só aparece na escola quando a diretora chama para colocar alunos para fora da sala de aula, porém não são chamados para socorrer uma criança carente de socorro médico." Ela também acredita que a Secretaria da Educação proporciona aos professores a preparação pedagógica, mas não os prepara para atendimento de primeiros socorros.

Transporte de Parelheiros

A questão do transporte na revisão do plano diretor de Parelheiros não ficou bem resolvida, na opinião de Josanias Castanha Braga, do Movimento de Saúde Parelheiros. Ele não percebeu nenhuma melhoria. As linhas de trem continuam sem atender à demanda de passageiros e o rodoanel não conta com alça para facilitar o acesso à pista aos moradores locais. Avisou que enquanto a questão da alça não for resolvida, os moradores do Embu Guaçu deverão realizar atos para paralisar a obra em curso. Conclama à CET e ao secretário dos Transportes uma solução para essas questões, pois acredita que tanto o Estado quanto o município de São Paulo tem verba para isso.

Excesso de burocracia

Anderson Cruz, do Instituto de Educação de São Paulo, criticou o excesso de burocracia para que o cidadão comum possa se candidatar a uma vaga ao conselho tutelar. "Os políticos conseguem se candidatar sem ter que cumprir tantas exigências. Os trambiqueiros conseguem abrir uma empresa rapidamente, enquanto o pobre se vê tolhido em sua iniciativa devido à imensa burocracia", afirmou.

Repúdio

A falta de apoio ao movimento de mulheres por parte do governo estadual foi a tônica do manifesto lido pela representante do Conselho de Mulheres de Suzano, Delvanice Silva Couto. Segundo a oradora, o governo não deu qualquer apoio para que o encontro estadual de mulheres ocorresse de maneira organizada e também "deixou à própria sorte" a comitiva que foi a Brasília para o encontro nacional. "Fomos transportadas em ônibus que não tinham as mínimas condições de segurança e higiene, o que colocou em risco as mulheres que foram representar o Estado de São Paulo", afirmou.

Sucata sobre rodas

A representante da Organização Não Governamental Embu Guaçu em Ação, Merice Andrade de Quadros, se queixou que os ônibus em que a população de Embu Guaçu é transportada são verdadeiras sucatas sobre rodas. E segundo Merice, o descaso governamental se estende a outras áreas como saúde, cultura e lazer. A representante da ONG solicitou que sejam tomadas providências imediatas para a construção de viadutos sobre a linha férrea em Embu Guaçu.

Diretora corrupta

Rosangela Veiga da Silva, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (Napa), manifestou seu protesto contra a Secretaria de Educação de São Paulo. Segundo a oradora, o órgão não abriu sindicância para apurar as acusações de roubo e corrupção contra a ex-diretora da Escola Zenaide Lopes Oliveira Godoy, Vanice Poluci. Rosangela alega que os moradores de Cidade Ademar ficaram indignados ao tomarem conhecimento de que a ex-diretora foi indicada para cargo em nova escola. "Peço à Secretaria da Educação, ao governo estadual e ao Ministério Público que tomem providências sobre esse caso. Essa mulher não pode ficar impune", reivindicou.

Operário no poder

Rommel Gimenes de Araújo, do Fórum Regional de Luta por Moradia/Pedreira, chamou a atenção da população sobre o Movimento Cansei. Na opinião do orador, o Brasil ainda não tem uma democracia consolidada. Ele afirma que a elite burguesa está inconformada pelo fato de o país ser governado por um operário. Assim, em parceria com alguns artistas, ela lançou o movimento em oposição ao presidente Lula. "A democracia que a gente quer é a democracia do povo e não essa comandada pela Rede Globo e pela Revista Veja", ressaltou. Ele também criticou a ineficiência do Congresso Nacional ao elaborar leis que não atendem às necessidades da sociedade.

Negros pela igualdade social

Sonia Aparecida Santos é do Conselho SOS Racismo. Ela veio a público convidar a sociedade para a exposição que acontece em frente ao Auditório Franco Montoro. Além disso, Sonia mencionou as péssimas condições sociais em que vivem os negros. A oradora alega que eles estão sendo massacrados por falta de moradia, estudo e saúde. "O povo negro não está omisso", argumentou. Ela acredita que a igualdade social, prevista no estatuto, e as cotas para negros não deixam de ser conquistas importantes, mas isso não é suficiente. "Ainda há muito o que fazer", finalizou.

O programa Assembléia Popular coloca uma tribuna à disposição dos cidadãos que queiram expor sua opinião a respeito de um tema de interesse da comunidade, todas as quartas-feiras, das 12h às 13h. As inscrições podem ser feitas no próprio dia em que os oradores pretendem fazer uso da palavra, das 11h15 às 11h45, no auditório Franco Montoro, no andar Monumental da Assembléia Legis­lativa. Para isso, os interessados devem preencher um formulário no local, res­pon­sabilizando-se pelas opiniões que serão emitidas. É necessária a apresentação de documento de identidade. Cada inscrito pode falar por, no máximo, dez minutos. As sessões da Assembléia Popular são transmitidas pela TV Assembléia aos sábados, às 12h, pelos canais 13 da NET e 66 da TVA.

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