20 anos da Constituinte Estadual de 1989 - Sebastião Bognar: emacipação de municípios


29/09/2009 18:36

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Sebastião Bognar<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2009/Sebastiao Bognar.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

"Já havia uma preparação para a Constituinte, todo um clima, tanto junto ao eleitorado como aos agentes políticos, preparando o momento de escrever a nova Carta. A expectativa era muito grande.

E quando nós fomos realmente iniciar o trabalho, aqui, no dia a dia, constatamos, realmente, uma participação popular muito acentuada. Sentimos que a comunidade, como um todo, estava realmente interessada, com uma vontade política de fazer acontecer. Acredito que essa participação tão grande da população tenha ajudado avançar alguns passos, coisa que não aconteceria sem essa atividade.

Eu participava da Comissão de Municípios e andava por todo o Estado, conhecia distritos que eram, às vezes, do mesmo tamanho ou até maiores que a cidade-sede. Esses distritos, que estavam distantes algumas dezenas de quilômetros da sede do município, precisavam e mereciam ter vida própria. A vida como distrito trazia à população daquele local uma situação de muita dificuldade. À medida que se proporcionou a emancipação, o que aconteceu a partir da Constituinte, houve aumento da qualidade de vida daqueles distritos todos. Hoje se tornaram grandes cidades, se desenvolveram, o que impulsiona um crescimento maior do Estado de São Paulo, trazendo maior qualidade de vida a seus habitantes.

Para mim, o momento mais emocionante foi a promulgação da Carta. Porque foi a realização de todos os sonhos. Na consignação da Carta, todos os projetos que eram passíveis de serem colocados o foram. Houve, então, a grande consagração popular.

Eu me recordo que o hoje presidente da Assembleia, deputado Barros Munhoz, era o presidente da Comissão de Sistematização. Sempre muito ágil, sempre muito direto e objetivo, trabalhou para agregar o máximo possível das demandas, mas claro que alguma coisa sempre fica faltando. E a gente sente falta disso hoje, passados 20 anos. Mas o que se podia fazer naquele momento foi feito, o suficiente para se conseguir andar."



Fonte: texto elaborado pela Divisão de Imprensa com base em entrevista concedida à TV Alesp.

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