Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Suely Pinotti


13/09/2010 13:51

Compartilhar:

Suely Pinotti<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2010/sueli pinotti.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Suely Pinotti: uma estruturação geométrica irregular de relações e de contrastes tonais



Possuidora de uma técnica segura Suely Pinotti está apta a integrar o desenvolvimento unitário de todos os elementos de sua forte inspiração à sua rica dimensão interior. Sua arte é também uma busca de valores e de formas pertinentes à realidade social contemporânea. É o resultado de um estado e de uma lucidez mental sempre coerentes e autônomos.



Seu vocabulário formal é constituído de novas formas incorporadas às suas composições, onde usa transparências e sobreposições de imagens. Elas se ordenam com "souplesse", musicalmente sobre grandes fundos policromáticos, cores extremamente refinadas, cultivando as graduações do pastel com harmonia pacífica.



A exemplo de Serge Poliakoff, estamos frente a uma pintura cuja força e originalidade representam o mais expressivo modernismo. O equilíbrio alcançado, tanto nas formas quanto na cor, atinge precisas tensões emocionais e nos faz descobrir uma artista de um profundo lirismo poético.



Pintora extremamente convincente pelo vigor estilístico, por inatos dotes de uma rica natureza, a cor está no fundamento do seu processo criativo interior e envolve, integrando-os, outros meios expressivos. A artista consegue evidenciar através da cor, que também é um gesto e um chamamento interior, um profundo conteúdo espiritual e estético.



A cor se articula numa coerente estruturação geométrica irregular, de relações e de contrastes tonais. Ela se exprime com uma linguagem moderna, pronta a exteriorizar os conteúdos psicológicos e existenciais da condição humana atual.



Cada obra tende a desligar-se de toda e qualquer suspeita de casualidade ou de simples exercício do gosto. Suely Pinotti opõe o valor original da expressão ao abuso e a inflação léxica. Fruto de uma elaboração expressionista, o processo que realiza nos conduz a uma concentração de imagens de extrema pureza.



Sensível ao valor do espaço, da forma e da cor, sua obra "Sem Título", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, germina do profundo do seu eu. O resultado é uma pintura elaborada em imagens fortemente sintéticas, como símbolos essenciais.



A Artista





Suely Pinotti, natural de São José do Rio Preto, atualmente reside em São Paulo. Bacharel e licenciada em Psicologia e Pedagogia pela Universidade Católica de São Paulo, é professora de Educação Artística por concurso do Ensino Oficial.



Especialista em recursos audiovisuais pela Universidade de São Paulo, é docente do Departamento de Artes Plásticas do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas - São Paulo (Unicamp).



Em seu percurso artístico teve como interlocutores Bernardo Caro, Berenice Toledo, Fúlvia Gonçalves (Campinas), Sérgio Fingermann e Carlos Fajardo (São Paulo).



Participou de numerosas exposições individuais, dentre as quais se destacam: Mostra Galeria Convívio, Campinas (1974); XIV Bienal Internacional de São Paulo (1977); Galeria Tendências, Campinas (1983); Galeria Automóvel Club, São José do Rio Preto (1986 e 1998); Museu de Arte Brasileira - FAAP, São Paulo (1987); Galeria Portal, São Paulo (1990); Galeria Hebraica, São Paulo (1993); Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti MACC, Campinas (1997); Galeria Frida Kahlo, Campinas (2000); Galeria de Arte da Embaixada do Brasil, Roma, Itália (2001); e Galeria Espaço Virgílio, São Paulo; Galerie d´ Art Francois Mansart, Paris, França (2002).



De suas exposições coletivas, destacam-se as mostras internacionais: Brazilian Shapes Hotel Hilton Cavalieri, Roma, Itália (1986); Universidade Negev, Israel (1993). Assim como as nacionais: Salão de Arte Contemporânea de Santo André (1973, 1974 e 1975); 34º Salão Paranaense - Governo do Estado do Paraná (1977); II Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba (1978); Pré-Bienal de São Paulo A Trama do Gosto Arte Postal, São Paulo (1987); Galeria do Centro de Convivência, Campinas (2001).

alesp