Assembléia lança frente parlamentar contra a implantação de aterro sanitário em Mogi das Cruzes





Coordenada pelo deputado Luis Carlos Gondim (PPS), foi lançada nesta quinta-feira, 3/5, no Auditório Teotônio Vilela da Assembléia, a Frente Parlamentar contra a Implantação do Aterro Sanitário em Mogi das Cruzes.
O evento, que teve a presença de prefeitos do Alto Tietê, de vereadores da região e de representantes de movimentos sociais, contou também com a participação do presidente do Legislativo paulista, deputado Vaz de Lima, que se mostrou satisfeito com a reunião de tantas pessoas em torno do assunto. "Sou um defensor intransigente de que, em qualquer situação, a população seja ouvida. É assim que se faz a verdadeira democracia."
A favor da ecologia
"Com todo esse movimento, é impossível que a Queiroz Galvão " empresa que pretende instalar o aterro sanitário em Mogi das Cruzes, no distrito do Taboão " não perceba que estamos a favor de um ambiente adequado para nossos filhos. Não queremos que nossos córregos e rios sejam contaminados." Foi com essas palavras que o deputado Gondim abriu a cerimônia de lançamento da frente, que pretende impedir a empresa de instalar o aterro sanitário, que deverá reunir o lixo de 40 municípios.
Os parlamentares Estevam Galvão, Marco Bertaiolli (ambos do DEM), José Bittencourt (PDT), José Candido, Simão Pedro, Enio Tatto e Carlinhos Almeida (todos do PT) concordam que o lixo precisa ter um destino, mas entendem que cada município seja responsável pelo seu. Conforme os deputados Bertaiolli, Gondim e José Candido, que são da região de Mogi das Cruzes, o local onde a empresa quer instalar o aterro é considerado área industrial. "O distrito do Taboão é considerado um grande celeiro para a geração de emprego de toda a Grande São Paulo. Não existe, em nenhum lugar do Estado, uma área tão propícia para a instalação de indústrias como Mogi das Cruzes", reforçou Bertaiolli.
Para o deputado José Candido, esse assunto é muito sério. "O Brasil diz ser um país do Terceiro Mundo, mas, em matéria de ambiente, está na Idade da Pedra", lamentou o deputado, lembrando que a região é responsável por grande parte do abastecimento de água no Estado. "Quero ouvir justificativas condizentes, porque não dá para convivermos com mais essa humilhação."
Triste e escanteado
O prefeito de Mogi das Cruzes, Junji Abe, declarou-se "triste e escanteado" com seu partido, o PSDB. Na sua opinião, o secretário do Meio Ambiente, Francisco Graziano, não vai analisar os documentos técnicos que explicam por que a instalação do aterro no distrito do Taboão prejudica a região. "Esses documentos não podem ser colocados de lado", destacou.
Referindo-se a um breve momento de tensão " quando o advogado da Queiroz Galvão, Antonio Fernando Pinheiro Pedro, pediu a palavra para explicar o projeto e os presentes se manifestaram contrariamente a essa pretensão ", Junji Abe afirmou que alguns funcionários municipais, "mal intencionados", modificaram dois documentos, dando a entender que a Prefeitura era favorável à instalação do aterro. "Sofri muito com isso, mas em Mogi não há espaço para o lixo de outras cidades."
Ao encerrar seu depoimento, Junji Abe disse que existem outras formas de acabar com o lixo e informou que brevemente será implantada no município uma usina de reciclagem. Para que se torne real, falta apenas o licenciamento ambiental, explicou.
Além do coordenador, Luis Carlos Gondim (PPS), compõem a frente os seguintes deputados: Estevem Galvão e Marco Aurélio Bertaiolli, do DEM; José Candido, Carlinhos Almeida, Sebastião Almeida, Simão Pedro e Enio Tatto, do PT; Valdomiro Lopes (PSB), José Bittencourt (PDT), David Zaia (PPS), Raul Marcelo (PSOL) e Padre Afonso Lobato (PV).
Maiores informações podem ser obtidas pelo e-mail lcgondim@al.sp.gov.br ou pelos telefones 3886-6552/6549.
O distrito do Taboão possui 18 empresas em atividade e 15 em construção ou projeto. A área disponível para ocupação é de mais de 12 milhões de metros quadrados, suficiente para a instalação de quase 80 indústrias. O Taboão também é o maior produtor de orquídeas da América Latina e o maior produtor brasileiro de caqui.
O Sistema Aqüífero Taubaté, que pode ser contaminado caso seja instalado o aterro, encontra-se entre a serra da Mantiqueira e a serra do Mar, numa área de 2 mil quilômetros quadrados, estando seu miolo sob o distrito do Taboão. Sua descarga natural é feita no rio Paraíba do Sul, que atravessa o Vale do Paraíba e corta todo o Estado do Rio de Janeiro, sendo o principal fornecedor de água para consumo humano das cidades que o margeiam.
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