As diferenças monocromáticas de Tuneu: contraste, distância e densidade

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
26/06/2007 20:55

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Tuneu<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/tuneu.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Geométrica<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/geometria.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Tuneu procura coerência conceitual e variedade formal. Procura não se fechar num estilo de aparência sempre igual. Ao analisar sua pintura e sua estrutura interna podemos constatar que o artista segue algumas linhas gerais para a elaboração de suas obras: grau de programação e de improvisação na execução e grau e tempo de percepção ao recebê-la. Outras preocupações são: distância, contraste e densidade.

Os elementos que combina são muitos e quanto mais trabalha, mais se multiplicam as combinações das quais se interessa. Não há dúvida de que o contraste que obtém entre as diferenças de seu monocromatismo constitui o ponto alto de sua criatividade. O esquema de áreas triangulares interconexas lhe permite desenvolver múltiplas variações da mesma cor sobre uma mesma superfície.

As transformações da cor no interior de uma mesma área e as pinceladas, cuja espessura e direção são cuidadosamente elaboradas, adquirem uma vibração perfeitamente harmônica.

Os quadros de Tuneu são elaborados seguindo uma idéia de medição do espaço e ao mesmo tempo a de uma dinâmica ótica da cor que acompanha e acentua a idéia do espaço. Esse, por sua vez, tende a ter um movimento, "dado pela cor" nas duas direções com uma expansão que atinge o quadro em direção de seus próprios limites.

Na obra Geométrica, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo pela Unicamp - Universidade Estadual de Campinas, a atenção do espectador não se fixa tão-somente sobre a composição, mas se transfere às técnicas e aos materiais usados para colorir a superfície. O artista não se preocupa em inventar imagens nunca vistas, mas aceita a tradição moderna dos arquétipos formais como um objeto recebido.



O artista

Tuneu, pseudônimo artístico de Antonio Carlos Rodrigues, nasceu em São Paulo no ano de 1948. Foi aluno da pintora Tarsila do Amaral e assistente dos artistas plásticos Willys de Castro e Hércules Barsotti.

De 1977 a 1990 atuou como professor de desenho e pintura em instituições públicas e privadas e atualmente em seu atelier. É membro da Comissão de Graduação do curso de Artes Plásticas do Instituto de Artes da Unicamp, que acumula com as funções de coordenador, da Galeria de Arte Unicamp. Professor Pleno no curso de graduação do Instituto de Arte da Unicamp, Campinas, SP. Realizou vários cursos, entre eles: pintura na Casa do Olhar, desenho e aquarela no Museu Brasileiro da Escultura (MUBE), SP.

Realizou exposições individuais no João Sebastião Bar, SP (1966); Galeria Aliança Francesa, SP (1969); Petite Galerie, RJ; Galeria Arte Global, SP (1976); Galeria Alberto Bonfiglioli, SP (1977, 1980 e 1983); "Os sonhos de Mickey", Gabinete de Artes Gráficas, SP (1978); Galeria do Sol, São José dos Campos, SP, e Galeria Maramar, Parati, RJ (1980); Oscar Seraphico Galeria de Arte, Brasília DF (1981); Galeria Mônica Filgueiras de Almeida, SP (1986 e 1988); Gabinete de Arte Raquel Arnaud, SP (1990, 1993 e 1999); "A História de dois quadrados", MASP, Museu de Arte de São Paulo (1996); Centro Cultural São Paulo (1997); "Aquarelas", Galeria de Arte Unicamp Campinas, SP (1999); Poéticas Paulistas, pinturas e papéis, Unicid, SP (2002); Núcleo de Artes Visuais, Jundiaí, SP (2003).

Participou entre outras da 9ª, 10ª, 11ª e 13ª Bienal Internacional de São Paulo (1967, 1969, 1971 e 1975); 2º, 3º, 6º e 9º Salão de Arte Contemporânea de Campinas SP (1966, 1967, 1970 e 1974); Panorama da Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna SP (1971, 1973, 1974, 1976, 1980, 1983, 1986 e 1988); 16º e 17º Salão Paulista de Arte Moderna, SP (1967 e 1968); 3º, 5º, 6º, Salão Paulista de Arte Contemporânea, SP.

No exterior o artista expôs no Brazilian Works on Paper, Nobé Gallery, Nova Iorque, USA (1979); Informal Art Gallery, Toronto, Canadá (1974) e "Artistas Brasileiros", Galeria de Arte Grafil, Lisboa, Portugal. Possui obras em diversas coleções particulares e museus no Brasil, no exterior e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp