Professores e técnicos em Educação se reuniram na manhã desta quinta-feira, 30/11, na Assembléia Legislativa, para a abertura do seminário "Políticas Públicas para a Educação Física Escolar". O encontro, realizado pela Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, é coordenado pelo Departamento de Educação Física da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), e tem como objetivo discutir a educação física nas escolas do Estado de São Paulo.Para o presidente da Comissão de Educação, deputado Roberto Felício (PT), é fundamental que seus membros façam repercutir o debate no Parlamento paulista, que é "sensível aos temas da educação". "É necessário dar mais conseqüências à discussão, para que sejam estabelecidas políticas públicas voltadas ao setor", afirmou.O deputado Vicente Cândido (PT) destacou a importância de conseguir a aprovação do projeto de lei, em tramitação na Casa, que autoriza a criação do Fundo Estadual do Esporte e Lazer. O organismo garantiria verbas para desenvolver programas destinados à prática esportiva nas escolas estaduais. Já o deputado Palmiro Mennucci (PPS) lembrou aos professores que tramita na Assembléia Legislativa projeto de lei de sua autoria que torna obrigatório o atestado de aptidão para o ingresso nas aulas de educação física, como um dos instrumentos de incentivo à prática dessa atividade nas escolas estaduais.O deputado Enio Tatto, líder da bancada do PT, declarou o empenho da bancada do partido em buscar alternativas para o desenvolvimento do esporte e da educação física para a saúde na rede pública paulista. Ele criticou a falta de infra-estrutura e de planejamento para o exercício dessas atividades com regularidade.Ensino noturnoA educação física para o ensino noturno foi o tema da palestra do professor Walter Roberto Correia, mestre em Educação Física pela Universidade de São Paulo, com doutorado em Educação e currículo pela PUC. Ele afirmou que discutir educação física é discutir educação, que vem sendo negligenciada pelo poder público. Um dos temas que Correia considerou polêmicos e que precisam ser discutidos é colocar a prática da educação corporal para o estudante noturno como um direito social, e não como um privilégio.Obter investimentos dos órgãos públicos na formação continuada do corpo docente foi uma das propostas do professor Daniel Carreira Filho, mestre em Educação Física pela USP e doutor em Ciência da Saúde da Criança e do Adolescente pela Unicamp. A professora Maria Elisa Zacarias, da equipe de educação física escolar da Secretaria de Educação, afirmou que há boas notícias para o setor, como aulas da disciplina com professores licenciados e efetivos da rede estadual de ensino. Segundo ela, as aulas ministradas por professores capacitados proporcionam aos alunos acesso a práticas psicomotoras, além de aumento da participação dos estudantes na olimpíada colegial.O seminário prosseguirá durante esta sexta-feira, 1º/12, no auditório Franco Montoro da Assembléia Legislativa.