O deputado Major Olímpio Gomes (PV) criticou o Governo do Estado por não ter enviado nenhum representante para debater com a população de Santo Amaro a mudança da área que será desapropriada para a construção da estação da Linha 5 " Lilás, do Metrô, naquela região.

O deputado participou de audiência pública realizada na Câmara Municipal de São Paulo com a presença de moradores, comerciantes, líderes comunitários e parlamentares, que discutiram os problemas que a obra irá causar.

"O governo estadual está simplesmente ignorando o drama daquela população. A mudança do projeto de desapropriação vai representar o corte de 10 mil empregos diretos e gastos maiores ainda com a desapropriação dessa nova área. O Metrô tem obrigação de mandar seus diretores debaterem com a comunidade. O não comparecimento à audiência pública é um sinal claro do descaso e da omissão do Governo", opinou Major Olímpio em seu pronunciamento na tribuna da Assembléia Legislativa, na quarta-feira, 21/5.

Embora a população de Santo Amaro seja favorável à construção de uma estação do Metrô na região, há um questionamento em relação à área escolhida para ser desapropriada. Estudos iniciais realizados pela Companhia do Metropolitano de São Paulo indicavam uma determinada área, onde um número menor de imóveis seria desapropriado. Posteriormente, foi anunciada a escolha de uma nova área, a cerca de 120 metros de distância do local original, mas com cerca de 147 imóveis, entre eles, uma galeria com 98 lojas, além de outros estabelecimentos comerciais que, se desapropriados, irão representar um significativo impacto social.

Ao ser procurado pelos moradores e comerciantes de Santo Amaro, no final do mês passado, o deputado Major Olímpio encaminhou o Requerimento de Informação 176/2008, questionando quais os motivos levaram a Companhia do Metropolitano a escolher outra área e quais são os custos estimados do projeto na área anteriormente visada e na área escolhida atualmente pela Companhia do Metropolitano. O Governo do Estado ainda não respondeu ao requerimento, protocolado em 26 de abril. De acordo com o Regimento da Assembléia Legislativa, o Governo tem 30 dias para encaminhar a resposta.



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