O vice-presidente da Assembléia Legislativa, Waldir Agnello (PTB), presidiu nesta terça-feira, 23/9, ato solene que homenageou os cônsules pelo seu dia, comemorado oficialmente em 6/8. Agnello cumprimentou os diplomatas presentes, em seu nome e em nome do presidente Vaz de Lima, contando sua admiração pelo trabalho que eles realizam em nosso país e falando da importância do compartilhamento de experiências entre diferentes culturas.

Compuseram a mesa o cônsul de Chipre e presidente da Aconbrás (Associação dos Cônsules do Brasil), César Augusto de Aguiar; o cônsul de Bangladesh e 1º vice-presidente da Sociedade de Cônsules de São Paulo, Raul Milton Souza Sulzbacher; a 2ª secretária do Ministério das Relações Exteriores em São Paulo, Tânia Malinski; e o secretário-adjunto de Relações Internacionais da capital, Flavio Goldman.

Goldman, primeiro orador, saudou os presentes em seu nome e em nome do titular da pasta, Alfredo Cotait Neto. Ele lembrou que "São Paulo é uma cidade onde convivem harmonicamente 70 culturas e onde o corpo consular é uma peça fundamental nessa convivência". Goldman ainda frisou que a colaboração entre prefeitura e os corpos consulares facilita o trânsito de missões comerciais e autoridades, além de viabilizar o ingresso de estrangeiros no país.

Tânia Malinski, representando Paulo Bozzi, chefe do escritório do Ministério das Relações Exteriores em São Paulo, falou que "reverenciar o Dia do Cônsul é também reforçar a importância do Direito Internacional e da diplomacia, bem como revigorar os princípios estabelecidos na Convenção de Viena".

O cônsul Raul Sulzbacher falou um pouco sobre Bangladesh, país que em 1971 conquistou sua indepen­dência. Possui um território menor do que o do Estado de São Paulo e uma população de 140 milhões de pessoas. Apesar de jovem e pobre, Bangladesh tem um índice baixíssimo de criminalidade, próximo de zero. O diplomata também relatou que seu país, apoiado na indústria têxtil, obteve crescimento anual entre 5,5% e 6% nos últimos seis anos, o que faz com que a taxa de desemprego seja de apenas 2% da população economicamente ativa. Sulzbacher encerrou sua fala parabenizando seus colegas pela data.

O último orador foi o cônsul de Chipre, César Augusto de Aguiar, que, utilizando uma lenda indígena " na qual uma virgem é sacrificada e se transforma em fertilizante para as lavouras de seu povo ", comparou São Paulo à virgem, dizendo que a cidade ajuda a fertilizar as relações entre os povos que convivem aqui. O cônsul se despede, em dezembro de 2008, da presidência da Aconbrás, fato que foi lembrado pelo deputado Agnello no encerramento do ato. "César Aguiar, com seu trabalho, plantou uma boa semente, que facilitará a vida de seus sucessores", afirmou o vice-presidente da Assembléia Legislativa.