Gustavo Lima retrata a inocência infantil através de um plano ideal e poético



O desenvolvimento da personalidade pictórica do jovem Gustavo Lima é um exemplo de maturidade, que ele traz desde as primeiras experiências artísticas até a elaboração de um mundo pessoal, seja no que tange aos conteúdos, seja como sintaxe figurativa e meios técnicos aptos a realizá-los.

Com simplicidade espontânea e habilidade técnica, o artista confere às obras elegância, harmonia e realismo. As tonalidades suaves e amenas de seu cromatismo, valorizadas por uma luminosidade difundida, criam uma justa perspectiva e equilíbrio de ambientação.

O seu núcleo de interesses visuais se desenvolve em torno de uma dimensão realista do Brasil de nossos dias. Personagens, motivos e justificações emotivas de natureza não superficial estão estritamente ligados a uma concepção estética e histórica dos problemas de nossa infância.

Artista, sobretudo da figura e do retrato, Gustavo Lima sabe enfrentar com sensibilidade e proeza tanto o desenho quanto a pintura. Possui o sentido pleno da forma humana e de sua transposição sobre um plano ideal e poético. Consegue realizar com validade um discurso plástico vigoroso e de grande intensidade emotiva e de introspecção.

O seu simbolismo cromático não permanece ao nível teórico, mas toma corpo, se visualiza num figurativismo essencial e sintético, mas sempre aderente no seu evocativo, a uma objetividade racional.

Na obra "Miscigenação", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, as crianças retratadas por Gustavo Lima revelam uma íntima aproximação ao caráter dos personagens, onde uma significativa pureza se manifesta, testemunhando o amor e a preocupação em tudo o que representa o mundo da infância.



O Artista

Gustavo Silva de Lima nasceu em São Caetano do Sul, SP, em 1987. Aos 8 anos já manifestava habilidade para as artes. Enquanto trabalhava como engraxate nas ruas de São Paulo, passou a pintar alguns trabalhos por conta própria e de maneira amadora.

O fato despertou a atenção de uma senhora, que, admirada com seu talento, resolveu levá-lo ao Atelier Célia Rê, onde ganhou uma bolsa de estudos e pôde enfim se dedicar exclusivamente ao estudo da pintura.

No ano 2000, com apenas 13 anos de idade começou a colaborar com a professora, ensinando para crianças e adultos as técnicas que já dominava. Nesse mesmo ano, participou de um programa de televisão apresentado por Adriane Galisteu, a respeito de seu trabalho e foi objeto de artigo do Jornal da Tarde.

Disposto a ampliar seus horizontes, participou de vários cursos como Produção Visual Gráfica, nas Escolas Profissionais Salesianas, e Criação e Redação Públicitária, no SENAC e atualmente concluído o curso na Faculdade Santana.

Aos 18 anos começou a lecionar no ateliê Célia Rê e a colaborar em publicações especializadas em pintura da Editora Casa Dois. Iniciou paralelamente uma experiência profissional na Roch Comunicação, executando trabalhos de Comunicação Visual para o setor gráfico.

Possui obras em diversas coleções particulares no Brasil, no Exterior e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo