O realismo de Marcos Damacena englobado num espaço poético e histórico


21/08/2007 10:27

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Marcos Damacena<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Marcos Damacena.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Romaria histórica<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/obra_romaria historica.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

As composições de Marcos Damacena constituem uma seqüência de vida que parece remontar lentamente do fundo de uma paisagem sem estações, surpresa na sua exuberância e nos seus abandonos improvisos. E o resultado é uma paisagem que é, ao mesmo tempo, espaço poético e espaço histórico do artista.

O tema sobressai em suas telas paralelamente ao empenho estilístico criando trechos de uma narração que engloba o homem e sua perene ação criativa ou da simples, mas variada e sempre interessante presença sobre a terra.

Na magia de uma construção sugerida pela natureza, Marcos Damacena intervém com uma fantasia criativa e sobre o traçado de uma matriz cultural que sensibiliza os sentimentos. O artista constrói, através da forma e da cor, suas rimas pictóricas capazes de transmitir ao fruitor na sua integralidade a harmonia e a poesia da paisagem.

Com técnica segura esboça o tema sobre a tela através de um desenho claro que preenche com um cromatismo de tons acesos que lentamente reduz e os atenua com uma luminosidade suave e sugestiva. Da segmentação de pequenos toques de sua pincelanda, resultam meios tons suaves e matéricos onde a massa da cor se faz repleta de efeitos de luz.

Na obra Romaria histórica, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Marcos Damacena conta uma realidade histórica, nos propõe no seu realismo fatos que não mais pensamos. Sua grande qualidade é de oferecer momentos de serenidade a quem pára para admirar suas obras.



O artista

Marcos Damacena nasceu em Poções, Bahia, em 1981. Mudou-se para São Paulo levado pela paixão do futebol. Aos 17 anos sofreu uma grave lesão que o levou a interromper sua carreira, mas lhe deu início a uma outra, o da pintura. Desde então se dedica com grande seriedade e afinco ao estudo das formas anatômicas humanas e de animais.

Seu principal mestre foi Jorge Abraão Esteves, especialista no desenho de cavalos. Seu estilo varia do clássico ao hiper-realismo usando uma técnica velada que sobrepõe camadas de tinta com seco sobre seco.

Participou de diversos salões de arte, de exposições coletivas e individuais, entre elas no Salão Paulista de Belas Artes e no Centro Cultural de Guarulhos. A revista Pintura em Tela publicou diversas matérias dedicadas a sua obra.

Possui obras em diversas coleções particulares e no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp