Giuseppe Coluzzi testemunha o mundo atual através da decomposição paisagística

Acervo Artístico - Emanuel von Lauenstein Massarani
22/02/2005 14:00

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Giuseppe Coluzzi<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/coluzzi.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Intérprete fiel de nosso tempo, Giuseppe Coluzzi não se limita tão somente a transferir sobre a tela tudo o que o circunda. Consegue fundir em suas paisagens a representação do humano e da natureza. Por meio de suas não comuns capacidades expressivas, transforma em testemunho o modo de viver do mundo de nossos dias, na quase totalidade de sua obra.

Aliando uma grande sensibilidade a um vivo temperamento, o artista possibilita, ao mesmo tempo, uma luta constante de tendências, igualmente fortes que, longe de interferir uma na outra, se equilibram ao contrário e se valorizam mutuamente.

A força confere à delicadeza uma substância, uma densidade, enquanto que a delicadeza, canalizando por sua vez a força, abafa seu grito, dando-lhe o valor de um canto.

Reunindo reminiscências, nostalgias infantis e afrontando sensações imediatas e estados de espírito da realidade cotidiana, suas composições são arquitetadas e cedem lugar a uma liberdade de visão. Criador de uma corrente pictórica autônoma e inovadora, o artista, na busca constante de novos meios e de novas estruturas, alcança um expressivo nível poético.

Na obra "Rottami" (em português Sucatas), doada ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, Giuseppe Colucci usa os sentimentos, os detalhes e amadurece a sua análise do traço para transmitir suas visões. Suas cores se enriquecem de meios tons, se atenuam, encontram uma gama diluída numa dimensão cromática em contínua evolução.

O Artista

Giuseppe Coluzzi nasceu em Bassiano, província de Latina, na Itália em 1937, onde reside e tem o seu atelier. Participou em 1970 da Quadrienal Européia de Arte Contemporânea realizada no Palácio das Exposições em Roma. Em 1978 ganhou o 1° Prêmio Ciac-Roma para pintura e o 1° Prêmio da IV Bienal Oderisi de Gubbio, na região da Úmbria.

Realizou sua primeira mostra pessoal foi realizada em Pomerizia (Roma), 1968. Participou de diversas manifestações artísticas onde obteve resultados brilhantes. No ano de 2004 esteve presente na 2° Edição da Mostra Internacional "Oltre Frontiera", realizada no Palazzo Caetane em Cisterna di Latina, na mostra "4 artistas em Ginestra"; na mostra "Gemellaggio Itália-Brasile", na Galeria Spazio Surreale, em São Paulo e na Feira Internacional de Lugano na Suíça.

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