Ciclo de palestras marca Dia Latino-Americano da Epilepsia

São registrados no país 4,5 mil novos casos por ano
09/09/2010 17:00

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Palestra marca o Dia Latino-Americano de Epilepsia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2010/epilepsia 2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Neurologista Luiz Otávio Caboclo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2010/epilepsia 1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Considerada a condição neurológica grave mais comum entre os brasileiros " atinge cerca de 1% da população ", a epilepsia torna-se um problema de saúde pública, tanto pelo número de pessoas que atinge como por ser potencialmente grave, podendo até levar à morte.

Essas constatações foram feitas pelo neurologista Luiz Otávio Caboclo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em palestra que proferiu durante evento que marcou o Dia Latino-Americano de Epilepsia, realizado nesta quinta-feira, 9/9, na Assembleia Legislativa.

O encontro contou ainda com a participação do médico Ricardo Centeno, também da Unifesp, que abordou aspectos da cirurgia em casos de epilepsia. Segundo Centeno, a primeira intervenção nessa área foi realizada em 1896, na Inglaterra. Ele destacou ainda que o procedimento é recomendado em apenas 10% dos casos verificados no Brasil. "Os centros de referência realizam cerca de 600 cirurgias anualmente, o que é insuficiente para atender os novos casos, de aproximadamente 4.500 por ano", completou Centeno.

O uso de medicamentos foi abordado pela neurologista Elza Marcia Yacubian. Ela apresentou uma linha do tempo que foi desde 1857, quando o brometo passou a ser utilizado no tratamento das crises epilépticas, até os anos 1920, com o uso do fenobarbital, ainda um dos medicamentos mais efetivos. "Atualmente há cerca de 20 moléculas em teste no tratamento de epilépticos. Mas ainda não se descobriu uma que seja significativamente melhor que as outras", destacou Elza.

alesp