A origem do homem e as marcas do tempo, uma constante nas esculturas de Daisy Nasser

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
26/02/2007 16:18

Compartilhar:

 <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-Daisy Nasser-escultura abstrata02.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Daisy Nasser<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-Daisy Nasser.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mistério<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-Daisy Nasser-escultura abstrata01.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Alinhada às fileiras da atualidade, a escultora Daisy Nasser preocupa-se nesta fase em desenvolver sua obra dentro de um substrato cultural antiqüíssimo: os grafites de épocas remotas, caracteres hebraicos ou hieróglifos egípcios. Deles extraiu mais do que uma simples sugestão, mas a base de sua cultura e do seu sentir, da reflexão e da especulação dos tantras, sobretudo ao desfrutar um contexto feito de rituais, de normas de vida prática, de magia.

O misticismo, o esotérico, o arcano, contemplativo constituem valores substanciais de sua obra, embora a própria artista afirme que após diversos anos de gestação conseguiu que seus trabalhos refletissem as lembranças de sua alma ou do "nosso inconsciente coletivo".

O hieróglifo, o traço, o símbolo não significam tão-somente o gosto para se abandonar ao estro da criação, mas uma simbologia da qual a artista possui a chave, para representar as instâncias obsessivas que nos lembram, nos pressionam e nos atormentam.

A inteligência da imagem que nos propõe Daisy Nasser não se exaure nos limites de uma verificação crítica do tipo formal. É de fato uma imagem bem complexa, não somente pela pluralidade de seus próprios componentes, mas sobretudo por aquela gama de significações, ora descobertas e ora críptografadas, de emblemas e de símbolos gravados em suas esculturas.

Não há dúvida de que o mundo artístico dessa escultora é rico de mistérios, repropondo interrogações através de traços que nos assaltam diariamente. Ao seu redor cria uma atmosfera carregada de mistério.

Na obra Mistério, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Daisy Nasser decidiu conduzir um discurso não somente escultural, mas que deseja substanciar-se também de diversos conteúdos.

A artista

Daisy Nasser nasceu em São Paulo em 1943. Desde muito jovem dedicou-se às artes. Formou-se pela Escola Panamericana de Arte (1966) e pela Escola Paulista de Decoração (1969). Na FAAP seguiu cursos livres de desenho de escultura (1970) e no Instituto Brasileiro de Gemas fez vários cursos consecutivos (1972) e cursos de pedras lapidadas (design) (1974).

Participou ainda de cursos de pintura a óleo com motivos primitivos (1977) e teve aulas com os consagrados escultores Calabrone e Beccheroni (1983) e com o professor Antonio Santos Lopes (1984 e 1985). Freqüentou em Nova York o Art Students League (1986) e os ateliês de Helena Blumenfeld e do escultor Masuda (1998). Em 1999 trabalhou na Europa, pesquisando materiais os mais diversos e freqüentando as mais importantes fundições italianas.

Participou das seguintes exposições: I Mostra de Arte Contemporânea Brasileira, Lisboa, Portugal, onde foi premiada com medalha de ouro; 7° Salão Nacional de Arte Plásticas, São José do Rio Preto, SP; Salão Imigrantes na Bienal de São Paulo; 10° Salão de Arte Contemporânea, Ribeirão Preto, SP; Galeria Itaú, São Paulo (1984); Tampa e Miami, EUA; Fine Art Acquisitios, SOHO, Nova York, EUA; A Hebraica; "A Escultura ao Alcance de Todos"; Salão Nobre IV Centenário; Contemporary Art Exibition, Tampa, EUA, onde também obteve medalha de ouro (1986); XX Exposição de Arte Contemporânea, "Chapel Ar Show" (1987); Espaço Cultural Castros Hotel, Goiânia, GO; Espaço Cultural do Hotel Eron, Brasília, DF (1988); Centro Cultural Trump Tower, Nova York, EUA (1990); Galeria Escultura (1991); Gallerie de L"Ille, Montral, Canadá (1992); Espaço Cultural Hotel Negresco, Nice, França (1994).

Possui obras em diversas coleções particulares e oficiais no Brasil e no exterior, entre elas a do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp