Entidades de atendimento são ouvidas na CPI da Pedofilia



Estatísticas mundiais mostram que está crescendo o número de adolescentes que praticam abusos sexuais contra crianças. Segundo dados apresentados pela coordenadora do Centro de Referência às Vítimas da Violência (CNRVV)/Instituto Sedes Sapientiae, Dalka Ferrari, um terço desses atos é cometido por adolescentes. Segundo ela, a família disfuncional é a principal causa que leva o adolescente a cometer abusos.
O depoimento foi feito na reunião desta terça-feira, 27/4, da CPI da Pedofilia. A comissão, presidida pelo deputado José Bruno (DEM), ouviu também o médico Jeferson Drezzet, diretor do Programa Bem-me-Quer, que reúne entidades e secretarias estaduais para oferecer um atendimento às vítimas da violência, incluindo aspectos médicos, psicológicos e jurídicos. Os membros da CPI estudam proposta de inserir o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes no Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS). Página 3
Aumento de casos de abuso praticado por adolescentes está ligado à desestruturação familiar
Ouvida na reunião desta terça-feira, 27/4, da CPI da Pedofilia, a coordenadora do Centro de Referência às Vítimas da Violência (CNRVV)/Instituto Sedes Sapientiae, Dalka Ferrari, afirmou que um terço dos abusos contra crianças é cometido por adolescentes. Segundo ela, a família disfuncional é a principal causa do distúrbio.
Dalka afirmou que o adolescente ainda está formando sua personalidade. "E ele pode se tornar um abusador a partir do deslocamento afetivo gerado em uma família que não o formou com valores afetivos, como o respeito", observou Dalka. O abuso se tornaria, assim, uma alternativa violenta à resolução de conflitos.
A coordenadora do CNRVV traçou um perfil com características básicas dos abusadores. Segundo Dalka, eles não sentem remorso nem medo de serem descobertos. Pelo contrário, eles induzem a criança a se sentir culpada, até porque assim se sentem capazes de agir livremente. A criança, por seu lado, não revela os abusos por medo de falar. O silêncio pode se disseminar pela família, núcleo que Dalka considera fundamental na abordagem da questão. "Se o abusador está fora desse núcleo, a família toda se une contra ele. Mas se é alguém do convívio familiar, pode se estabelecer um pacto de silêncio", afirmou.
Em resposta à questão da relatora Beth Sahão (PT), Dalka reforçou que desde que haja um elemento de proteção dentro da família, é melhor que a criança permaneça ali, em vez de ser deslocada para uma família substituta.
Além da Dalka, a CPI ouviu o médico Jeferson Drezzet, diretor do Programa Bem-me-Quer, que reúne entidades e secretarias estaduais para oferecer um atendimento amplo às vítimas da violência, incluindo aspectos médicos, psicológicos e jurídicos. O Bem-me-Quer tem sua sede no Hospital Pérola Byington.
Segundo Drezzet, a violência sexual não é um problema raro e deve ser tratado como uma questão de saúde pública. "A violência sexual envolve muitos fatores, mas é, principalmente, uma brutal violação dos direitos humanos", acrescentou.
Além do presidente e da relatora da CPI, participaram da reunião todos os membros efetivos da comissão: Analice Fernandes e Geraldo Vinholi (ambos do PSDB), Ed Thomas (PSB), Vanessa Damo (PMDB), Afonso Lobato (PV), Haifa Madi (PDT) e Gilmaci Santos (PRB).
Entre outras questões, os parlamentares debateram ainda a proposta de inserir o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes no Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS), que consta de projeto da deputada Haifa Madi, aprovado pela Assembleia mas vetado pelo governo estadual. Também foi sugerido pela deputada Analice Fernandes que o enfrentamento do tema seja colocado como elemento na celebração de convênios entre Estado e municípios.
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