Moção repudia reivindicação de multinacional anglo-australiana

Ao justificar a apresentação de moção de repúdio de sua autoria contra a multinacional anglo-australiana Rio Tinto Empreendimentos Minerais, o deputado Padre Afonso Lobato (PV) afirmou: "Destacamos nossa total contrariedade e repúdio à gestão da empresa na questão e nossa máxima proteção aos valores verdadeiros da humanidade, resguardando o que temos de mais importante, nossas próprias vidas". A empresa, que tem escritório central em Londres, reivindica a redução da recém-criada Estação Ecológica do Grão-Pará de 4,2 milhões de hectares para 500 mil hectares.
O deputado argumenta que a ingerência da empresa junto ao governo do Pará fere todo o esforço mundial em prol do meio ambiente, sobrepondo seus interesses financeiros à defesa da vida no planeta. A Rio Tinto descobriu uma província de bauxita com potencial de pelo menos 4 bilhões de toneladas e chegou a anunciar o investimento de mais de R$ 4,5 bilhões na região. A nova província mineral fica no alto do rio Curuá, entre os municípios de Alegre e Alenquer, na margem esquerda do rio Amazonas. A bauxita está encravada entre as reservas indígenas Zo"é e Paru 10 e não havia qualquer impedimento legal à exploração antes da assinatura do decreto, em 4/12/2006, criando a reserva, relata Padre Afonso.
O deputado quer que a Assembléia Legislativa aprove a moção de repúdio e represente a contrariedade do povo paulista com a empresa, juntando-se às manifestações para que o governo do Pará não ceda à possibilidade de diminuir a reserva a favor dos interesses da Rio Tinto. "Está mais do que provado que em questão ambiental devemos pensar em longo prazo, haja vista todos os efeitos que sofremos hoje com nossos erros do passado", acrescenta.
O deputado argumenta que a interferência da mineradora faz transparecer a idéia de que as instituições e legislações brasileiras não funcionam, que são somente "para inglês ver", pois sugere a revisão do decreto tão somente pela força do capital. O parlamentar ressalta o "descaso da mineradora com a população local. Pois, mesmo com as promessas de geração de renda e de mais de 17 mil empregos, a área degradada jamais será recuperada e o empreendimento acabaria por deixar um rastro de destruição. Ou, talvez, tenham desenvolvido um meio de abandonarem o planeta daqui a alguns anos, quando a vida aqui se tornar insustentável devido à degradação ambiental".
padreafonso@al.sp.gov.br
Notícias mais lidas
- Deputado participa de missão oficial a Taiwan e busca ampliar cooperação com potência asiática
- Aprovado na Alesp, novo valor do Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804, é sancionado
- Entra em vigor hoje o novo Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804
- Vitória dos pescadores: artigo que restringia acesso ao seguro-defeso é suprimido
- Alesp aprova projeto que garante piso salarial nacional a professores paulistas
- São Vicente: a importância histórica da primeira cidade do Brasil
- Na Alesp, familiares, amigos e colegas de profissão se despedem do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes
- Sindicatos da Polícia Civil cobram envio de projeto da nova Lei Orgânica à Alesp
- Demanda antiga, Lei aprovada na Alesp unificou categoria de policiais penais
Lista de Deputados
Mesa Diretora
Líderes
Relação de Presidentes
Parlamentares desde 1947
Frentes Parlamentares
Prestação de Contas
Presença em Plenário
Código de Ética
Corregedoria Parlamentar
Perda de Mandato
Veículos do Gabinete
O Trabalho do Deputado
Pesquisa de Proposições
Sobre o Processo Legislativo
Regimento Interno
Questões de Ordem
Processos
Sessões Plenárias
Votações no Plenário
Ordem do Dia
Pauta
Consolidação de Leis
Notificação de Tramitação
Comissões Permanentes
CPIs
Relatórios Anuais
Pesquisa nas Atas das Comissões
O que é uma Comissão
Prêmio Beth Lobo
Prêmio Inezita Barroso
Prêmio Santo Dias
Legislação Estadual
Orçamento
Atos e Decisões
Constituições
Regimento Interno
Coletâneas de Leis
Constituinte Estadual 1988-89
Legislação Eleitoral
Notificação de Alterações