Opinião

O governador de São Paulo e pré-candidato a presidente, Geraldo Alckmin (PSDB), vetou o projeto " já aprovado pela Assembléia Legislativa " que proibia as máquinas de caça-níqueis em bares e restaurantes do todo o Estado. O veto pode parecer estranho, já que tal medida iria bater de frente no crime organizado. Afinal, não é novidade para ninguém que a contravenção é responsável por essas maquininhas que aliciam jovens para o mundo da criminalidade.
Mas justifica-se pelo jeito totalitário de governar de Alckmin. Nada que não saia do Palácio vai em frente. Nada que contrarie os interesses do empresariado é aprovado pelo governador, que começa a viajar pelo país em campanha eleitoral. Foi assim que ele agiu, por exemplo, quando extinguiu a Decon " Delegacia de Defesa do Consumidor " para atender à vontade das grandes redes de hipermercados, que não queriam um órgão com poder de polícia para coibir abusos contra o consumidor.
Ao dizer não ao projeto que proíbe os caça-níqueis, Alckmin volta a dar carta branca para os empresários do jogo, os contraventores, tradicionais financiadores de campanhas eleitorais. O argumento de que se trata de uma legislação federal é pífio. O Estado tem sim poderes para combater essa forma barata de contravenção, que tira do bolso da população valiosas moedas. Está mais do que provada a íntima relação entre os caça-níqueis, o alcoolismo e a prática de crimes. Até nas portas de escolas eles estão, livres e prontos para aliciar estudantes que começam cedo nesse vício maldito.
Alckmin, ao vetar o projeto, perdeu uma grande chance de dar um basta a esta porta de entrada no mundo do crime. Preferiu satisfazer aos lobbies de todos os interessados em explorar economicamente essas maquininhas. E esqueceu de que, do outro lado, existe uma população ávida em ver a proibição das máquinas de caça-níqueis.
Alckmin prova que não tem compromissos com combate à corrupção, à degradação familiar, nem com a violência doméstica e segurança pública. Azar do Brasil. Essas pessoas, que são vítimas da contravenção, com certeza não pensarão duas vezes na hora de decidir em quem votar.
*Romeu Tuma é delegado de Classe Especial da Polícia Civil, deputado estadual (PMDB), ex-presidente e atual integrante da Comissão de Segurança Pública, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor e Corregedor da Assembléia Legislativa de São Paulo
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