A dialética entre o tema concreto e a forma abstrata na obra de Riva Rapoport

Paul Valery escreveu que "o método mais seguro para julgar uma pintura é, de princípio, nada nela reconhecer". É o que acontece frente a uma obra de Riva Rapoport. Entretanto podemos afirmar que nos encontramos face a uma artista criadora de formas novas que mudam a cada quadro com a mudança das emoções que a vida, sempre mutante, suscita no seu ânimo.
Sempre nova e imprevisível no seu estilo e na técnica, a pintora sabe aproximar com sensibilidade e bom gosto as cores mais díspares, criando fortes arabescos. Essas cores absorvem a específica função de irradiar um dinamismo vital, uma força cósmica quase atômica da existência.
Pelo seu dinamismo, ao mesmo tempo generoso e vigoroso, no qual confluem, como reação, a angustia existencial, a alienação e a dicotomia entre o bem e o mal, a artista não pode ser enquadrada numa corrente definida. Pela variedade dos elementos da composição de sua obra e sua criativa genialidade, a artista foge de qualquer definição simplista. Sua pintura é de " jato " e sua cor " é vida ".
Para uma compreensão mais profunda e completa de Riva Rapoport, podemos acrescentar que o seu pintar impulsivo é determinado pela vida cada vez mais convulsa e frenética, exatamente no ritmo que o ser humano imprime e onde tudo se transforma num fator essencial à sua realização.
A cor constitui o verdadeiro tema da composição, constantemente ligada à lembrança da paisagem que a inspirou. Na obra "Refúgio", oferecida ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, a dialética do tema concreto e da forma abstrata é perceptível, mesmo quando o equilíbrio é alcançado.
A Artista
Riva Rapoport nasceu em 1948, na cidade de São Paulo, onde reside e trabalha. É bacharel em comunicação visual pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Fez um curso de extensão universitária em monitoria no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP).
Sua trajetória artística se deu no convívio em ateliers de alguns artistas como: Carlos Fajardo, Selma D'Affre, Sergio Fingermann, Megumi Yuasa e Ubirajara Ribeiro.
Suas principais exposições individuais foram: "Sucata", Museu de Arte Contemporânea, SP (1989); 8o Salão de Arte de Rio Claro,SP; 47o Salão de Arte Contemporânea de Curitiba, PR; "Ritmo, equilíbrio circular", Paço das Artes, SP (1990); "Cologravura como meio de pensamento", Paço das Artes, SP (1991); 15o Salão de Arte Contemporânea de Franca, SP (1992); 19o Salão de Arte Contemporânea de Limeira, SP e Secretaria de Cultura e Turismo, São Sebastião, SP (1993); Centro Cultural Casper Líbero, SP; "Atitude Aquarela", Museu de Arte Contemporânea da USP (1994); 27o Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba, SP (1995); 20o Salão de Arte de Franca, SP; 21o Salão de Arte de Ribeirão Preto, SP (1996); V Salão Victor Meirelles, Museu de Arte Contemporânea, Florianópolis, SC; Galeria Sesc Paulista, SP e Centro Universitário Maria Antonia, SP (1997); "Cem recuerdos para Garcia Lorca", Secretaria de Cultura de Brasília; Bienal Internacional de Poesia, Belo Horizonte, MG (1998); Galeria do Sobrado Ramalho, Tiradentes, MG. Unger's Pottery House Art Gallery, Monte Verde, MG. (2001e 2000); Espaço Cultural V Centenário, Palácio 9 de Julho, SP. (2002); (2003) Centro Cultural de Cascais, Portugal; Centre Culturel Brésil-France, Galerie d'Art François Mansart, Paris, França. Recebeu ainda diversos prêmios, destacando-se Medalha de Ouro nos Salões: 8o Salão de Arte de Rio Claro, SP e 20o Salão de Arte de Franca,SP.
Possui obras em Acervos oficiais e particulares, destacando-se: Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo; Embaixada do Brasil em Lisboa; Centro Cultural Cascais, Portugal; Galeria Rubén Cunha - Lisboa; Galeria do Sobrado Ramalho, Tiradentes, MG; Galeria Sesc Paulista, SP; Centro Universitário Maria Antonia, SP; Prefeitura de São Sebastião, SP, além de diversos colecionadores no Brasil e exterior.
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