"Cidadão sempre fui. Santista, sou por opção. Agora posso dizer para todo mundo que sou cidadão santista de papel passado. Estou feliz". Com essas palavras, o deputado estadual Fausto Figueira (PT) recebeu na noite do dia 19 de outubro o título de Cidadão Santista, na sala Princesa Isabel, da Câmara Municipal de Santos. A homenagem, proposta pela vereadora Suely Morgado (PT), resultou em plenário e corredores da Câmara Municipal lotados e atraiu autoridades, amigos e familiares do deputado.

Presidida pelo vereador Paulo Barbosa, a mesa contou com as presenças dos presidentes da Assembléia Legislativa, Rodrigo Garcia; da Embratur, Eduardo Sanovicz; e do Partido dos Trabalhadores no Estado, Paulo Frateschi. Também foi composta pela suplente de deputada federal Mariângela Duarte; a deputada estadual Maria Lúcia Prandi; o secretário de Governo de Santos, Márcio Lara; o major da Polícia Militar, Sérgio Del Bel; e o representante do capitão dos portos, capitão-de-corveta Marcelo Ruas.

A vereadora Suely Morgado relatou a trajetória política do deputado e depois comentou: "Quem está feliz com este título sou eu, que o apresentei nesta Casa. Quando eu e Cassandra (Maroni Nunes) nos elegemos como vereadoras, totalmente verdes, ele nos pegou pela mão e nos disse que teríamos que formar uma bancada forte para fazermos grandes lutas e conquistas. Aprendi com o Fausto que para ser um político de qualidade é preciso fidelidade partidária, respeito às pessoas que pensam de uma forma diferente da nossa, ser trabalhador e disciplinado, não escolhendo atividades. Fausto é um grande articulador, que através do diálogo conquista as pessoas e avanços na política".

A homenagem contou com discursos de familiares e amigos. O filho, Pedro Diniz Borges Figueira de Mello, citou a passagem em que Fausto sofreu um atentado, em novembro de 2001, período em que cumpria seu terceiro mandato como vereador em Santos, e teve seu carro alvejado por quatro tiros durante sessão da Câmara Municipal de Santos. "Este fato foi muito marcante para toda nossa família. Na época, sua postura foi de encarar a situação de peito aberto, sem se intimidar com as ameaças. Ele nos ensinou que nunca devemos perder nossa capacidade de indignação. Meu pai é um idealista, um brigador e, acima de tudo, um sonhador", disse.

Sua mãe, dona Cecília, lembrou de casos da infância de Fausto e contou que seu pai, o médico paulista Fausto Figueira de Mello, morto aos 48 anos num acidente automobilístico, sempre passeava com os filhos, mostrando nos arredores da casa, na Capital, a pobreza e as injustiças sociais. "Figueira aprendeu com ele a lutar por um Brasil mais justo e fraterno. Como político, ele tem dentro de si a busca da verdade e da justiça social. Como médico, atende ricos e pobres com o mesmo carinho e, como filho, é uma pessoa muito afetiva e carinhosa", afirmou.

A homenagem prosseguiu com o discurso do irmão, José Figueira de Mello, que apontou a correção e a firmeza de Fausto como pontos fundamentais para a formação do caráter dos irmãos mais novos. "Depois da morte do nosso pai, ele não assumiu seu papel, mas herdou dele sua coragem e desprendimento para entrar na vida pública". A irmã, Isabel falou de improviso e lembrou histórias da juventude, época em que eram companheiros de baile: "Fausto sempre foi brincalhão e bem-humorado".

O médico Carlos Augusto Seixas, amigo de Fausto desde a época em que cursavam a primeira turma da Faculdade de Ciências Médicas de Santos, falou da amizade de mais de quarenta anos, da sua trajetória política e do companheirismo entre as suas famílias. "Uma das maiores características de Fausto é sua irreverência. Desde os tempos do centro acadêmico da faculdade, sua primeira conquista política, ele atua com ética, determinação, liderança, competência e clareza de propósito", afirmou.

Emocionado, Figueira agradeceu a presença de cada uma das pessoas e confessou: "Morria de ciúmes de entregar títulos de cidadão para todos e não ter o meu. Agradeço à companheira Suely e à Câmara da cidade por este momento muito importante na minha vida".

A solenidade foi encerrada com as palavras do presidente da Casa, Paulo Barbosa, que enalteceu a atuação do parlamentar como médico e político atuante na cidade.

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