A virada do Não

A iminente vitória do Não no referendo do próximo domingo revela o amadurecimento da sociedade em relação a um tema de grande importância para o país. A consulta popular, da forma como foi proposta, tinha tudo para ratificar a vontade daqueles que queriam abortar a liberdade de poder se defender, um direito legítimo do cidadão.
A própria pergunta " Você é a favor da proibição da comercialização de armas de fogo e munição? ", formulada, na nossa opinião, de maneira equivocada, tentava confundir o eleitor. Quem vota Sim, opta pela negação. Quem vota Não, escolhe a liberação. Algo bastante contraditório, que revelava a intenção de fazer valer a vontade de um grupo, que neste momento está no poder.
Porém, uma ampla campanha de conscientização com o envolvimento de toda a população, serviu para esclarecer de forma bastante objetiva o que pretendia essa consulta. O Não, que começou a campanha com menos de 30% de preferência nas primeiras pesquisas de opinião, divulgadas ainda em agosto, chega ao dia da votação, com ampla maioria. Ou seja, nas urnas a vontade da população que não aceitou ser enganada, deve prevalecer.
Desta forma, entendemos que ganham todos. Tanto aqueles que não querem a população armada, como quem precisa das armas como instrumento de defesa. Passando o Não, o comércio continuará sendo legal, o que não significa que as pessoas de bem vão sair às compras. As restrições para ter um revólver em casa, na loja ou na propriedade rural, são reconhecidamente rígidas, graças às determinações do Estatuto do Desarmamento, aprovado em 2003.
Desse referendo, é possível tirar uma grande lição: a população, diferentemente do que muitos imaginavam, não aceita ser manipulada. O debate, importante instrumento da democracia, permitiu que a verdade sobre o referendo viesse à tona. Nesse sentido, a virada do Não, apontada em todas as pesquisas de opinião pública, deve se consolidar. Caso isso realmente aconteça no próximo domingo, parabéns aos brasileiros.
*Romeu Tuma* é delegado de Classe Especial da Polícia Civil, deputado estadual (PMDB), ex-presidente e atual integrante da Comissão de Segurança Pública, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor e Corregedor da Assembléia Legislativa de São Paulo
rtuma@al.sp.gov.br
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