Os quadros de Luiza Toledo exprimem todo um sentido de introspecção e possuem diversas qualidades naturais. Aproveitando-se destes dotes, ela nos transmite a impressão de ter encontrado a liberdade de se dedicar com todas as suas forças na sedução de um inteligente raciocínio.

A pintora possui na base de sua personalidade artística uma espécie de mágica dinâmica dos sonhos que se libertam e se tornam contos sobretudo através da cor que supera a própria natureza da matéria e se transforma em atmosfera, ambientação e portanto tema e conteúdo.

Na pintura de Luiza Toledo transparece um vibrante sentido da cor que é antes de tudo magia de um tempo presente do que relação construtiva pausada em paisagens sutis, de uma graça quase frágil nos seus percursos tonais.

Suas imagens transmitem um ar sem tempo específico bem definido, mas entendido como uma espécie de memória que se faz presente de uma experiência não ocasional.

A cor para Luiza Toledo é um componente essencial e determinante na evocação de um certo mundo em boa parte fantástico de nossa herança indígena. Ela insere, na atmosfera de seus quadros, um sentimento de liberação onírica.

Na obra "Cocar", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a amplitude de sua composição indica que a artista domina sua arte e obtém com segurança os efeitos que procura.





A Artista





Luiza Toledo, pseudônimo artístico de Maria Luiza Penteado Toledo nasceu em Piratininga, SP, no ano de 1935. Formou-se em arquitetura de interiores pelo IADE "Instituto de Arte e Decoração de São Paulo (1968).

Seguiu cursos de serigrafia, com Paulo Menten (1972); aquarela Galina Sheetikofee (1995 a 1998), Alberto Kaplan, Gilberto Raimundo e Fábio Cembranelli (1995); técnicas de abstração em acrílica sobre tela com Vera Maranhão (1996); Yoshiyuki Miura e Osman Said (1998); materiais de pintura com Regina Gierlemger (2002); composição e pintura com Cirton Genaro (2003) e pintura a óleo sobre tela e técnicas mistas no Atelier Geanete Reinis.

Participou de inúmeras exposições coletivas e individuais, destacando-se entre elas: Pré Bienal de São Paulo (1972); Piracicaba, SP e Sesc São Paulo (1973); XI, XII, XIII, XIV, XV e XVI Salão de Artes de Arceburgo, MG (1996, 1997, 1998, 1999, 2000 e 2001); Museu Banespa, SP (1997); III Salão Brasil Nova Era, Fundação Mokiti Okada, SP; Galpão das Artes, SP (1998); Casa da Cultura de Amparo, SP (1998 e 1999); "Caminhos da Expressão", ECA-USP, SP; Salão Bouganville, Barueri, SP (1999); "La Magnifica", Bar des Arts, SP; V Salão de Artes Plásticas do Festival de Arte e Cultura, SP (2000); XIX Salão de Artes Plásticas de Rio Claro, SP; XLVIII Salão Arararense de Artes Plásticas, SP (2001).

Suas obras encontram-se em diversas coleções particulares e oficiais como o Instituto Histórico e Cultural de Arceburgo, MG e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.