Educação precisa manter diálogo com o esporte, avaliam especialistas




Nesta quinta-feira, 29/10, o Seminário Plano Estadual de Esporte Educacional, promovido pela Comissão de Esportes e Turismo da Assembleia Legislativa, colocou em debate experiências do esporte educacional no âmbito público e em organizações sociais.
A ex-secretária municipal da Educação Maria Aparecida Peres, na gestão da prefeita Marta Suplicy, avaliou a experiência das unidades do Centro Educacional Unificado (CEU), implantados na gestão da prefeita Marta Suplicy, como um instrumento de integração entre o ensino, o esporte e a cultura.
"Para promover as mudanças que queríamos, percebemos que não poderíamos trabalhar a educação sem discutir mais fortemente uma política de esportes e cultura que se relacionasse com o ensino", disse Maria Aparecida.
Assim, segundo ela, a criação dos CEUs buscou a descentralização dos equipamentos, a partir de um levantamento feito na cidade de São Paulo, e a gestão integrada das unidades, com núcleos de educação, de esportes e de cultura.
"O esporte foi um dos grandes responsáveis pelo diálogo com a comunidade, atraindo pessoas de todas as idades. Ele foi também um dos aliados para criar uma ponte de comunicação que trouxesse o jovem de volta à escola, de forma inclusiva", ela disse. Um dos exemplos apontados por Maria Aparecida foi o CEU São Mateus, que abriu espaço para os portadores de deficiência.
Previsto para atender 5 mil pessoas por mês, os CEUs chegaram a quase 100 mil pessoas mensalmente, segundo Maria Aparecida. "Hoje, o CEU não tem mais essa política de integração, não há o compartilhamento de gestão. Ele se transformou apenas numa grande escola, que é exatamente o que não queríamos", disse a educadora.
O trabalho do Serviço Social da Indústria (Sesi) na área de esporte educacional foi apresentado por Sidnei Saes Perez, gerente da Divisão de Esporte e Lazer do Sesi/SP. Ele destacou que a política da entidade para o setor foi reestruturada em 2009, incluindo o esporte de rendimento.
"O Sesi respeita a política pedagógica em cada foco de atuação. No caso do esporte educacional, é preciso considerar os princípios da ludicidade e da não-exclusão, proporcionando a vivência em várias modalidades esportivas", destacou Perez.
Segundo o dirigente, o esporte educacional no Sesi tem como alvo as 211 unidades de ensino da rede em São Paulo e se divide em duas vertentes: educação física escolar e esporte escolar. Para a formação esportiva, o Programa Atleta do Futuro vai desde a faixa etária de 6-8 anos, com jogos e atividades lúdicas que buscam ampliar o repertório motor dos alunos, até a faixa de 15-17 anos, que visa o aperfeiçoamento esportivo, em jogos e competições. Perez destacou ainda como fundamental a capacitação dos profissionais que trabalham na área, para que possam atuar de acordo com a política pedagógica.
O mediador da mesa de debates, o professor Reinaldo Pacheco, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, definiu o seminário como "uma oportunidade única de colocar o discurso acadêmico-científico na arena decisória da política", aproximando essas duas esferas. "Se consolidarmos uma política para o esporte educacional, abre-se a possibilidade de transformar projetos em programas", completou Sidnei Perez.
Explanações da tarde
No período da tarde, o mediador do seminário Caio Martins Costa, do Instituto Esporte Educação de São Paulo, iniciou os trabalhos da tarde agradecendo a presença de todos, convidando os palestrantes como o secretário adjunto de Esporte e Lazer Flávio Brízida, o coordenador de Esporte e Lazer Nelson Gil, a gerente de Desenvolvimento Físico Esportivo do SESC, e também um dos coordenadores de esporte Luiz Carlos Martinez, para compor a mesa de trabalhos.
O deputado Roberto Felício entregou certificados para os palestrantes de reconhecimento pelos trabalhos que foram desenvolvidos neste seminário.
O representante do secretário Flávio Brizida colocou a importância da parceria com outras secretárias e do papel da grade escolar nas atividades físicas do aluno. "Temos muitas dificuldades em nossa secretaria, mas posso garantir que estamos motivados para realizar os grandes projetos em debate, como o esporte. As escolas não liberam os alunos para que possamos desenvolver os trabalhos, e uma ideia muito importante é a da parceria com a Secretaria da Educação, para que esse projeto vá em frente, pois o esporte une as pessoas", disse Brízida.
Nelson Gil falou sobre a falta de participação dos alunos nas atividades de competição e dos atletas da terceira idade. "É muito pequena a contribuição que as escolas fazem, no papel de colocar o aluno para colaborarem com o crescimento de um alteta. Temos que ter esporte nas escolas, mas sei que para isso temos que rever outros setores, como alimentação adequada, níveis de saúde da população e a consolidação das políticas públicas de esporte. Em todo o Estado temos que dar oportunidades a todos, inclusive, à terceira idade, pois temos hoje mais de 15 mil atletas com mais de 60 anos", disse Gil.
Maria Luiza falou sobre a história do SESC e de como o setor privado pode contribuir com a cidadania e o esporte. "Promover bem estar social, melhoria de vida e desenvolvimento cultural é importante, temos que criar oportunidades para as crianças, jovens e adultos. A atividade física melhora a qualidade de vida. Por isso em nossos centros ensinamos as pessoas a jogar, promovendo futuros profissionais".
Luiz Martinez falou sobre o papel das escolas na revelação de talentos. "A escola é a base de talentos, uma vez que os jovens frequentam constantemente os centros de esporte e lazer da rede pública", disse Martinez.
Felício encerrou o evento lembrando a importância do projeto. "Agradeço todos os participantes, principalmente, o presidente da Comissão de Esportes e Turismo, Vicente Cândido, por esse trabalho. O evento foi muito produtivo e a bancada do PT está à disposição para que seja consolidado o Plano Estadual de Esporte Educacional."
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