Porto de Santos recupera mercado de trabalho


27/08/2007 16:26

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Terminais de contêineres em Guarujá e Santos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/PAULO ALEX PORTO SANTOS C.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Nos últimos 5 anos, 7.512 empregos relacionados às atividades portuárias foram criados nas três cidades portuárias da Baixada Santista: Santos, Guarujá e Cubatão. O número representa um aumento de 50,73%. Apesar do crescimento, houve queda na remuneração dos trabalhadores portuários. Os dados são da primeira pesquisa do Porto Universidade, projeto desenvolvido pelos institutos Impacto e Ipat em parceria com universidades da região.

Depois de um período de redução no quadro da mão-de-obra portuária, iniciado a partir da entrada em vigência da Lei de Modernização dos Portos (Lei nº 8.630/93), que resultou na privatização de terminais de contêineres e demissões na Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), o porto de Santos volta a registrar aquecimento no mercado de trabalho. Nos últimos cinco anos, o número de vagas no cais santista aumentou em 50,73%. O saldo positivo se deve principalmente às contratações feitas por terminais privados, que sucessivamente batem recordes de produtividade. No total, já são 23.328 postos relacionados com as operações do complexo marítimo.

A informação faz parte da pesquisa O Mercado de Trabalho no Porto de Santos, do projeto Porto Universidade, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Acadêmicas e Consultoria Técnico-Operacional (Impacto) em parceria com a Comissão de Universidades do Litoral Paulista. Até o final do ano, mais três levantamentos serão realizados. A execução dos trabalhos é de responsabilidade do Instituto de Pesquisas A Tribuna (Ipat), com patrocínio das empresas Libra Terminais, Santos Brasil, Tecondi e Grupo Rodrimar.

Para o presidente do Impacto, deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), o resultado do estudo reflete as mudanças estruturais introduzidas no sistema portuário nacional no início da década de 90. "Os números mostram uma retomada no ciclo de contratações, especialmente em profissões que exigem melhor formação técnica. Cada vez mais, a operação portuária dependerá de mão-de-obra qualificada. O problema é que existe um grande déficit na formação profissional nessa área", explicou o deputado.

Barbosa cita a situação dos trabalhadores avulsos, representados por nove sindicatos. A capacitação é de responsabilidade do Ogmo (Órgão Gestor de Mão-de-obra), que reconhece publicamente a incapacidade em oferecer treinamento aos profissionais cadastrados. "Faltam até equipamentos básicos, como os simuladores utilizados no treinamento de operações de máquinas", detalhou o presidente do Impacto, que articula a instalação da 1ª Escola Técnica do Porto, pelo Centro Paula Souza, fundação do Governo do Estado. A unidade deve entrar em funcionamento em 2008.

pabarbosa@al.sp.gov.br

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