Imagens recriadas refletem a poética metafísica de Lizar na busca de uma linguagem própria


Quando a arte aponta para a tensão expressiva em vez da beleza das formas ela nos transporta à concepção primitiva, tendo em vista que o artista tende a participar, com toda a sua sensibilidade à tensão emotiva mais que à contemplação destacada.
Ao observarmos a obra de Lizar temos de imediato a impressão que o artista possui um conceito anti heróico do mundo contemporâneo. Suas figuras humanas reversas, sem vulto detalhado, mas envolvidas por contextos imaginários quase sempre apresentam uma forma que nos fixa, que nos paralisa sob nuvens ameaçadoras prontas a desencadear tempestades.
O artista exprime um sentimento poético ao representar alegoricamente rupturas e liberações, gênese de formas e aparições de capoeiras, paisagens geológicas e condensações de formas na massa cromática pintada, pincelada a pincelada. Trata-se de uma espécie de canto lírico sobre a sorte do homem afro brasileiro, acorrentado à sua condição da qual somente a poesia pode libertá-lo.
Por essas razões, por esse poder de contemplação e de suas metamorfoses, acreditamos que a poética metafísica de Lizar, um pintor verdadeiramente singular, alcança uma meta, até hoje pouco comum ao que vemos normalmente e que é feito por homens que possivelmente vivem em demasia o drama do contingente.
Estamos de acordo com o crítico Ivo Zanini quando ressalta que: "Há tempos envolvido pela temática, Lizar busca em cada trabalho o dinamismo plástico e visual. Em seu contínuo labor, as formas de seus personagens aos poucos deixaram de expressar exatamente os capoeiristas, transformando-se em imagens recriadas".
A obra Sem Título, da série Geometria Transcendental, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, reflete ser o resultado de um exercício constante do artista na busca de uma linguagem própria.
O artista
Lizar, pseudônimo artístico de Sidney Lizardo nasceu em Miracatú, SP, em 1939. Além de pintor, desenhista, gravador e escultor é ativista cultural e coordenador de eventos artísticos. Autodidata em pintura fundou a Associação dos Artistas Plásticos de São Paulo e tornou-se seu primeiro presidente, em 1974.
Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas, destacando-se entre elas: Movimento de Arte em Santana, Santana de Parnaíba, SP (1970); Faculdade Paulista de Música, SP (1972 e 1973); 37º Salão Paulista de Belas Artes, SP (1972); Salão da Associação Paulista de Belas Artes, SP (1973); Galeria KLM, SP; Espaço Cultural do Banco Mercantil Finasa; Salão Oficial do Embu, Embu, SP (1974); Galeria Itaú Cultural (1976 e 1982); Bienal Nacional 76, na Fundação Bienal, SP (1976); Clube Zhale Lions, SP (1977); Museu de Arte de Osasco, SP; Delegacia Regional do Ministério da Cultura; Museu de Arte de Mococa, Mococa, SP (1978 e 1989); 3º Chapel Art Show, SP; Semana da Cultura Negra, Masp (1979); Galeria Ladeira (1981); Associação Médica de Santos, Santos, SP (1982 e 1986); 1º e 4º Projeto Zumbi, Masp, SP (1983 e 1986); Centro Cultural Bela Cintra (1984); Funarte; Espaço Cultural Almeida Barone, SP (1987); A Mão Afro-Brasileira, MAM, SP (1988); The California Afro-American Museum, Los Angeles, Estados Unidos (1989); The Bronx Museum of the Arts, Nova York, Estados Unidos (1990); MAB/FAAP, SP (1992); Arqueologia Mental em Comemoração aos 300 Anos de Zumbi dos Palmares, na Galeria de Arte Portal, SP e no Museu da Caixa Econômica Federal, Porto Alegre, RS (1995); Afro-Brasilidade, no Centro Universitário Maria Antonia, USP (1997); Espaço Cultural Banespa Paulista, SP (1998); Pinacoteca do Estado, SP (2000); Espaço Cultural Centenário (2001); Espaço Céu do Itaim, SP (2007) e "Raízes da Arte Brasileira", Espaço São Paulo Office Services (2008).
Possui obras em diversas coleções particulares nos Estados Unidos, no Museu Afro Brasileiro de São Paulo e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.
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