Lydia Okumura dá vida a geometria através do trinômio luz-forma-cor

A arte abstrata contemporânea foi capaz de exprimir concepções diversas e sentimentos opostos, tanto que dois de seus principais articuladores, Mondrian e Kandinsky se situaram sempre nos antípodas, um do outro. Mondrian de um rigor e de um puritanismo que chegam à uma austeridade, Kandinsky por sua impetuosidade quase romântica.
As formas geométricas de Lydia Okumura são complexas, enclausuradas, carregadas de energias múltiplas que com sua nervosidade ao extremo parecem criar e projetar movimento. Revestidas de cores intensas transmitem um aspecto uniforme e compacto. Elas flutuam num espaço definido que parece lembrar aquele onde se movem as estrelas quanto o que nos revela o microscópio, uma vez que ambos se situam com experiências luminosas.
Formas planas, regulares típicas da geometria, severas e altaneiras, contorno sublinhado, ângulos agudos, quadrados, trapézios e uma grande maioria de triângulos pontudos com uma rigidez categórica nas linhas transmitem ao observador uma espécie de caleidoscópio.
O cromatismo de Lydia Okumura perde a materialidade para se tornar luz, resolvendo em substância o problema cor-luz que se amplia para o trinômio luz-forma-cor. Tendo em vista que destruir a materialidade da cor é uma ação não de sensibilidade mas intelectual, a artista está envolvida com este problema fundamental que lhe permite de se mover mais livremente, levando a geometria à vida na representação do dado natural.
Em realidade foi o problema de Mondrian, mal compreendido por um certo número de abstracionistas que executaram obras abstratas, mortificando a geometria incógnita, em sua união com a cor física ou no máximo, sensível.
Independentemente dos valores e tendências superficiais do mundo contemporâneo, Lydia Okumura " conforme ela própria afirma " vem realizando as suas aspirações iniciais - a de conhecer e apreciar os verdadeiros significados da vida, da grande natureza, do sentimento e capacidade do ser humano, e a de viver a pessoa que nasceu para ser.
Na obra Interlude III, da série Círculos Cromáticos, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a artista se qualifica, sem dúvida como criadora de uma nova geometria espacial.
A artista
Lydia Okumura nasceu em Oswaldo Cruz, SP em 1948. Formou-se em artes plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (1973).
Com uma bolsa de estudo, freqüentou o Pratt Graphics Center de Nova York (1974-1977). Após passar por experiências em cerâmica até 1966 partiu para a pintura abstrata. Entre 1969 e 1970 abandonou a pintura passando para o desenho. Em 1971 participou de um grupo com o Francisco Inarra e Genilson Soares e de 1972 a 1973 pesquisou o uso da linguagem gráfica dos meios reproduzíveis de xilogravura, metal, litografia e serigrafia.
Recebeu diversos prêmios destacando-se: Medalha de bronze no Salão Seibi, SP (1968); Prêmio Annie Álvares Penteado, Anual de Artes Plásticas da FAAP, SP; Prêmio de Aquisição, Salão de Arte Contemporânea, MAC-Campinas, SP (1972); "Prêmio Nacional", juntamente com Genilson Soares na XII Bienal de São Paulo, SP (1973); Prêmio Bienal de São Paulo, XIV Bienal de São Paulo ; Prêmio Pratt Graphics Center, Nova York (1977) ; menção honrosa e Prêmio Aquisição, Bienal de Gravura de Friedrikstad, Noruega (1979).
Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas no Brasil, Estados Unidos, Japão e América Latina. Suas obras encontram-se em diversas coleções particulares e oficiais, entre elas o Metropolitan Museum de Nova York; The Hara Museum of Contemporary Art em Tóquio, Japão; Museo de Bellas Artes de Caracas, Venezuela; Museu de Arte Contemporânea da USP; Pinacoteca do Estado; Museu de Arte Moderna, SP; Museo de Arte Moderno de Bogotá, Colômbia e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.
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